Um romance qualquer ( quem tiver idéias de títulos me ajude, por favor) (parte 1)

Terça-feira, onze de dezembro de 2007, Paris.

Em uma noite estrelada no fim do outono europeu um casal apaixonado passeia pelas ruas da capital francesa. Passam pelo Louvre e dirigem-se ao Ritz, onde estão hospedados. Ele, um rapaz de classe média empobrecida brasileira, ela, também brasileira, filha de um poderoso banqueiro. Ele saiu de seu país ao conseguir uma bolsa para sua pós-graduação em arquitetura na Sorbonne. Ela, mais uma viagem e uma nova aventura pela Europa. Na verdade, é ela quem está hospedada no luxuoso hotel, sendo notável a falta de recursos do jovem arquiteto, sua faculdade já fora cursada com muito esforço em uma instituição particular, que foi bancada com o salário de um árduo trabalho que durava o dia inteiro. Vários professores enxergavam no rapaz um futuro brilhante na carreira enquanto a moça ainda não havia entrado na faculdade, mesmo tendo nascido em berço de ouro e com as melhores oportunidades. Ele, Mário, ela, Fabíola, uma grande paixão que enfrentava obstáculos.

Chegando ao hotel foram jantar. Durante a refeição, conversaram sobre os planos para o futuro dos dois:

- Quanto falta para terminar o curso na Sorbonne? Perguntou Fabíola.

- Seis meses, tenho que me dedicar ainda mais agora, preciso voltar à minha cidade com o diploma. E você? Vai fazer faculdade?

- Meu pai quer que eu estude economia em Londres, mas não quero esse curso horrível, prefiro estudar história.

- Devemos fazer o que realmente queremos, mas sabe que seu pai quer o melhor pra você.

- Sei, ainda por cima está louco para que eu termine com você, quer arranjar meu casamento com alguém rico, por isso me falou de um jovem médico, sócio de um grande hospital. Se ele acha que vai mandar no meu futuro como fez com o meu irmão, pode esperar sentado.

- Falando no seu irmão, onde ele anda?

- Trabalhando como um condenado, como sempre. Ele cansou do meu pai e foi para o Japão, está lá em Tóquio, trabalhando como um verdadeiro japonês.

- Mas qual o problema nisso?

- Agora não há problema algum, mas eu tenho pena dele, até hoje viveu apenas para agradar ao meu pai. Aí ele se rebelar foi a melhor coisa que fez, mas não tem conserto, é um viciado em trabalho, acho que nunca terei sobrinhos.

- Seu irmão é bem legal comigo.

- Ele gosta de você. Já sabe, o problema mesmo é o meu pai.

- E sua mãe?

- Separou-se dele por não agüentar mais, também fez uma coisa muito inteligente. Eu sou a única escrava do dinheiro dele. Basta eu ter uma fonte de renda que eu saio da casa dele rapidinho.

- Por isso seria bom fazer uma faculdade não é meu amor?

- Queria pular esta parte.

Mário olhou o relógio, já passava da uma hora da manhã.

- Nossa, nem vimos a hora passar. Vamos dormir, amanhã cedo tenho que resolver uns assuntos na Sorbonne, como não haverá aula à tarde, podemos passear na beira do Sena e quem sabe visitar o Museu de Rodin.

- Excelente idéia querido. Também quero passear na ponte Alexandre III.

- Tudo o que você quiser meu amor.

O casal logicamente fez amor naquela noite romântica. Fabíola não conseguia dormir, ficou pensando no que queria para a sua vida dali por diante.

No dia seguinte à tarde o casal que passeava pela margem do Sena parou num café para saborear um chocolate quente.

- Eu estive pensando ontem à noite enquanto você dormia. Estou considerando a idéia de fazer faculdade, mas não Economia, por favor.

- Que coisa ótima minha querida. É claro que não vou fazer você estudar Economia.

- Pois é, mas tem uma coisa ruim.

- Vou ter que me afastar de você e voltar para o Brasil para estudar.

- Querida, nós nunca vamos ficar longe um do outro enquanto nos amarmos. Eu só vou ficar mais seis meses aqui, depois volto para Brasil.

- Eu fico mais uma semana aqui, e em seis meses nós nos vemos.

Uma semana depois Mário acompanhava Fabíola e levava suas malas no aeroporto Charles de Gaulle.

- Daqui a seis meses nos vemos no Brasil meu amor – disse Fabíola.

- Eu te mandarei e-mails, cartas, postais, tudo o que for possível para você continuar lembrando-se de mim.

- Como se eu pudesse ou quisesse esquecer você meu amor.

Fabíola passou as malas pelo check in e os dois foram tomar um café até a hora do vôo.

- No meio do ano que vem eu faço o vestibular, como você já vai ter voltado, vamos sair pra comemorar.

- Com certeza querida, com certeza.

Farah
Enviado por Farah em 14/02/2008
Código do texto: T858668
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