Leviatã
Sonhei com Lee. Estávamos em uma balada que um trio tocava jazz em uma jam session fumegante.
Dançavam-nos com os pés descalços.
Lee vai ao banheiro e volto ao balcão pra pedir uma água tônica. Aparece outro punk, amigo meu desde a adolescência. Pede-me um conhaque pelos velhos tempos. Respondo que ainda sou o mesmo e peço duas doses ao bartender.
Brindamos e ele me diz algumas coisas sobre algumas figuras na pista de salão.
Sei que Lee voltou e eu demos o fora dali. O resto não lembro.
Levantei-me. Li Lênin, Lacan, Leminski... Lembrei de Lynch e outras loucuras. No leme lascívia e luxúria.
Lascinam dores nas minhas têmporas. Livrar-me é lento. O sol lasca o asfalto e ladram cães léguas longe.