Amor Platônico- Cap. 02
Marcos está feliz, passou no curso de medicina, numa ótima colocação, e está indo realizar a sua matrícula. Logo ao sair do carro a sua namorada, Renata, liga e diz que está chegando na cidade, visto que ela havia viajado para Brasília para uma festa de casamento de sua prima.
- Amor, já cheguei, tou no aeroporto, aonde você está? . Renata pergunta
Marcos responde: - Nossa, eu me esqueci amor que era agora às 9hs, só vou fazer minha matrícula e passo aí pra te pegar.
Renata fala em tom ameno: - Você não tem jeito... Vem logo! Aonde você tá com a cabeça?!
Marcos sorri e entra na sala da universidade onde é realizada a matrícula e não demora no recinto e se apressa para ir buscar Renata.
Renata é uma moça linda, tem olhos azuis, cabelos loiros acastanhados e é do mesmo nível social que Marcos. Este que teve dificuldades de conquistá-la, dado que Renata não confiava muito em Marcos, uma vez que ele sempre foi um paquerador. Contudo os dois se apaixonaram e namoram desde o ensino médio. Marcos em alguns momentos a traiu e ele buscou não cometer o mesmo erro. Porém uma das coisas que ele mais gostava era de ter paqueras e ser a razão do interesse de muitas jovens. Em razão disso, Renata sempre teve por ele demasiado ciúmes.
Marcos tem 20 anos, é o orgulho de seus pais, sempre teve privilégios... Tem o carro do ano, já viajou para Europa, amou viajar para o Egito e Grécia. Adora esportes radicais e sempre foi bom no que se propõe. Sempre está na companhia de muitos amigos, familiares e da namorada mais linda do mundo. No entanto, mesmo com a sua vida social badalada, havia momentos que ele sentia um vazio e queria ficar sozinho. Momentos esses que ele nem dividia com Renata e ninguém sabia desse seu lado, porque ele nunca quis demonstrar... Quando batia essa situação introspectiva ele tentava preencher, saindo e viajando com amigos e sua namorada.
Após o fim do primeiro semestre ele vai a uma festa de encerramento das aulas da sua universidade. Este evento seria numa casa de show e teria música eletrônica... Lá encontra amigos e vai acompanhado por Renata. O casal chama atenção e a imprensa local tira fotos deles.
Marcos está sob uma plataforma, uma espécie de camarote que se separa da pista, conversando com um amigo de curso, enquanto Renata está no banheiro.
O ambiente tem muitos jogos de luz e começa tocar a banda Lasgo a música "Alone" (Sozinho). Reverbera o trecho, traduzido para português 🎶Se eu tivesse só mais uma chance, para mudar minha vida hoje, eu nunca deixaria você ir embora🎶
Marcos diz:- Nossa, antiga. Se referindo a música enquanto conversa com Cauê.
E nesse momento ele olha para pista e ver um moça olhando para ele, aparentemente, só. Enquanto toca Alone: 🎶E agora estou aqui sozinha no escuro. Onde você está? Não existe nada que eu gostaria mais do que estar com você do seu lado.🎶
Quando ele mantém contato visual com ela, esta tira o olhar.
(Marcos estava recebendo olhares desde a hora que chegou, ele dava risos às moças e não passava disso).
Entretanto, aquela moça fez ele sair daquela conversa com o amigo e ele, sem pensar muito, foi procurá-la. Ele chegou na pista e não conseguiu encontrá-la, até que ela de costas vira-se em sua direção. Ela estava a 4 metros de distância.
Os olhos dela estavam destacados pelo efeito esfumaçado da maquiagem, eram na percepção de Marcos, bonitos, profundos, ternos e gentis, inclusive toda a sua expressão facial angelical era especial, bem como seus cabelos longos e encaracolados. Ele pensou na hora:" Parece uma paisagem natural intocada pelo homem."
Ele sorria, autenticamente, com um sorriso de "canto da boca" para ela. (Enquanto isso tinha jogos de luz). Ele se sentiu pela primeira vez constrangido de se aproximar de uma mulher. E ela não devolveu o sorriso. Era distinta, para ele, aquela situação.
E quando resolveu se aproximar. Renata aparece de surpresa e segura na sua mão. Renata não havia percebido o flerte dele com a moça desconhecida e lhe beija. Ao olhar para frente Marcos, já não ver mais a moça com quem trocava olhares.
E naquela noite não já não iria ver mais. A tal moça era Paulina.