Minhas ex-sogras falam (bem) de mim mais que o papa com Deus
Raulino é aquele sujeito que dá inveja em 48% dos homens com mais de 50 anos, sejam eles casados, separados, viúvos ou solteiros em vias de fato. E por que esse sentimento? Explico. Teve quatro sogras e com elas têm um relacionamento harmonioso. E mais: as ditas nunca emitiram qualquer sinal de desagrado ao então genro.
É de um caminhar sem pressa e fala tão baixo que é necessário pedir silêncio e/ou chegar perto para ouvi-lo.
Quando foi indagado por um jovem (e pretenso genro) qual o segredo de tanto carinho, surpreendeu na resposta.
- Saber ouvi-las com atenção redobrada e por elas orar. Aquela história que sogras ou ex falam mal de genros até para o capeta, têm muitas inverdades. Claro que toda mãe reza para a felicidade da filha e, consequentemente, pedem a Deus para que o genro tenha paciência, pois toda a família sabe que a filha não é flor que se cheire. Além do mais, disse Raulino, sempre carrego comigo ‘santinhos’ tendo no verso poderosas orações e a elas dou de bom grado. Ser ex-genro geralmente é complicado. E sabemos que o papa conversa com Deus todo santo dia e então vai que, por coincidência, uma delas também esteja falando com Ele e, Ele, assim meio que desligado, der menos ouvido ao papa e mais àquela senhora com um santinho nas mãos?
Finalizando, Raulino tomou água e com lágrimas nos olhos se despediu das 27 pessoas ali presentes. Nenhuma ex-sogra.
O que ninguém entendeu foi o porquê, assim meio que repentinamente, das lágrimas.