O rolê no pagode

Sexta à noite, sem nada para fazer, resolvi ir ao pagode para aproveitar. Sou um preto de 1,84m de altura, 95 quilos, um negão que as mulheres observam. Não sou forte, mas tenho um corpo legal, uma boca bonita e um sorriso que muitas acham lindo.

Bem, me arrumei todo: coloquei uma calça preta, uma camisa confortável e bonita, um tênis estiloso, passei meu melhor perfume, chamei um Uber e fui curtir a noite no pagode.

Chegando ao pagode, encontrei o lugar lotado de pessoas bonitas, um ambiente muito agradável. Peguei uma cerveja e fiquei no canto, observando o movimento, até que uma mulher linda se aproximou. Na mesma hora, senti o perfume dela. Ela pediu uma cerveja e ficou praticamente ao meu lado.

Claro que olhei para ela, mas sem dizer nada, apenas observei. Uma preta linda, com um cabelo black impecável, vestindo um vestido curto que destacava suas pernas maravilhosas. Que mulher incrível! Fiquei encantado com aquela mulher, mas não disse nada. Pensei: "Deve estar com alguém. Não é possível uma mulher tão linda estar sozinha nesse pagode." Então, deixei isso de lado e fui curtir a noite.

Cantei várias músicas junto com o grupo, gritei, sambei e aproveitei cada momento. Tudo isso sozinho. Ainda não tinha ficado com ninguém, mas a noite ainda estava só começando. E eu sabia que não sairia dali sozinho.

Já passava das duas da manhã quando, sem querer, esbarrei em uma mulher. Adivinha quem? A mesma que tomou uma cerveja ao meu lado mais cedo.

— Desculpa, se machucou? — perguntei.

Ela riu e respondeu:

— Não, mas que pé grande! — e sorriu de novo.

Dei um sorriso de volta e disse:

— Olha o tamanho do negão, né?

Ela riu, e eu aproveitei a oportunidade:

— Qual é o seu nome?

— Camila, prazer.

— Camila, eu sou Júlio.

— Prazer, Júlio.

Arrisquei mais um passo:

— Podemos conversar um pouco e tomar uma cerveja? — perguntei, já esperando um "não".

Mas ela sorriu e respondeu:

— Estou sozinha mesmo, por que não?

Dei a mão para ela, e ela pegou. Nossa, não é por nada, mas como é lindo ver um casal preto junto. Maravilhoso. Ela era tão linda, e eu também não ficava para trás.

Peguei uma mesa, e ela se sentou. Fui buscar uma cerveja e um tira-gosto, e ficamos ali, conversando e curtindo aquela cerveja gelada, simplesmente perfeita.

O papo rolou solto, até que, em meio a risadas, ela me perguntou:

— Você tem namorada?

— Não tenho — respondi, retribuindo a pergunta. — E você, tem namorado?

Ela sorriu e disse:

— Não tenho. Estou sozinha, ninguém me quer.

Entre risos, olhei para ela e retruquei:

— Para né! Você é linda, gente boa... Qualquer homem de bom gosto estaria aos seus pés.

Ela me olhou com aquele sorriso encantador e perguntou:

— E você, seria um desses homens?

Dei um sorriso e disse:

— Por que não?

Ela me fitou nos olhos e, com um olhar profundo e um sorriso irresistível, respondeu:

— Olha que eu acredito.

A vontade que me deu foi de beijá-la ali mesmo, na hora. Mas ainda era cedo, e eu travei.

A cerveja foi acabando aos poucos, e, quando percebi, já eram quatro da manhã. Foi então que ela disse:

— Preciso ir embora.

Olhei para ela e perguntei:

— Posso te levar?

Ela sorriu de leve e respondeu:

— Para a minha casa ou para a sua?

Fui direto:

— Se você quiser ir para a minha, eu moro sozinho.

Ela me olhou e disse, sem hesitar:

— Quero.

Na mesma hora, chamei o Uber. Quando entramos no carro, só conseguia pensar: "Nem acredito que essa mulher está indo para a minha casa."

quando o Uber chegou na minha casa ela logo falou: que casa bonita, eu sem graça respondi, muito obrigado.

Sou advogado e, graças a Deus, tenho uma boa renda. Tenho carro, mas como fui sozinho para o pagode e queria beber, optei por ir de Uber.

Ela sorriu e disse:

— Além de gato, ainda é responsável.

Não deu mais para segurar. Puxei-a para um beijo, e ela retribuiu na hora.

Quando chegamos à minha casa, ela ficou encantada. Olhou ao redor e disse:

— Nossa, que casa linda!

Nos beijamos ali mesmo, na sala, cada vez mais intensamente. Eu já não aguentava mais. Peguei em sua mão e a levei para o banheiro. Era hora de tomar um banho juntos.

Fizemos amor no banheiro, no quarto, na sala... em todos os cantos da casa. Foi uma noite intensa, e ela ficou comigo o dia todo. Almoçamos juntos, conversamos, rimos. Mas, no fim da tarde, ela precisou ir embora.

Passei o resto do dia pensando nela. No dia seguinte, não aguentei e liguei. Ela atendeu rápido, e eu a convidei para sair.

Ela aceitou.

Fui buscá-la em casa, e percebi que estava um pouco envergonhada. Olhei nos olhos dela e disse, com firmeza:

— Não precisa ter vergonha, preta. Você é linda, está ao meu lado, e, se quiser, jamais sairá.

Ela me encarou, abriu aquele sorriso encantador e perguntou:

— Você está me pedindo em namoro?

Sem hesitar, respondi:

— Estou. E mais do que isso... um dia quero me casar com você.

Ela sorriu ainda mais e me beijou.

Hoje, estamos juntos há quatro anos. E no ano que vem, vamos nos casar.

LUCAS RONAN DE OLIVEIRA
Enviado por LUCAS RONAN DE OLIVEIRA em 20/02/2025
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