O amor de Orora
Era véspera de São João. No desalento com a dissolução, caminhava só a triste Orora,
Que tanto chora por seu amor.
Valentino está na guerra e nada se sabe!
A vida é cega e a morte à cerca!
-Talvez só verei Valentino dentro do caixão, ou quem sabe nem isso! Ou quem sabe ele volte e me peça em casamento. Valha-São Jorge traz com vida
Valentino!
Assim pensava Orora, que no São João não viu rojão, não viu fogueira; só as horas. Horas passadas, horas corridas! O tempo voou sem notícias de Valentino (...)
Até que um dia bateram na porta.
Correu Orora para atender.
Correu as lágrimas, que não se seguraram
ao ter a farda de seu amado em mãos…