NOITES ENCANTADAS - Capítulo 1
Olá,
Neste espaço vou postar alguns capítulos do meu novo livro, Noites Encantadas, disponível na Amazon, para vocês conhecerem melhor meu trabalho. Quem quiser comentar, fique à vontade. E se gostarem, posto mais capítulos para vocês.
Noites Encantadas é uma trama natalina, em que Serena, uma jovem simples, se apaixona por Cetano, herdeiro de um conglomerado, e fechado para o amor. É uma história fofa, mas sem ser piegas (até porque odeio romances melosos).
Vamos lá!
PRÓLOGO
Monte Noel é uma cidade encantadora encravada em meio a morros na serra gaúcha. É lá que acontecem, anualmente, na época do Natal, festas natalinas em que turistas e moradores participam e se encantam com os eventos.
É nesse lindo lugar que vive Serena, uma jovem de 23 anos que batalha para encontrar seu lugar ao sol. De origem humilde, Serena vai levando sua vida com muitos sonhos ao lado da mãe, Sueli. Mas tudo muda radicalmente no dia em que um desconhecido aparece em um evento de Natal em que ela está trabalhando. A partir disso, Serena se vê envolvida em encantos, paixões, frustrações e sonhos de viver um grande amor.
Quem será o homem que tocou o coração de Serena naquela noite encantada em Monte Noel?
Um Presente de Natal para Serena é uma história feita para todos que desejam viver um amor daqueles de cinema.
CAPÍTULO 1
Monte Noel - Final do mês de outubro.
A noite ia longe. Com a proximidade do Natal, turistas estavam por todos os cantos da cidade, ansiosos para desfrutar e viver a magia natalina, ávidos pelas apresentações, eventos e desfiles temáticos. A Feira de Natal, um dos pontos altos da época, se desenrolava na avenida principal por uma quadra inteira. O burburinho das pessoas e toda aquela movimentação garantia o sustento de muita gente. Inclusive para a jovem Serena, posicionada atrás de um balcão armado um pouco precariamente. O estande vendia artesanato natalino mais sofisticado, se diferenciando um pouco das demais bancas.
一 O movimento hoje está incrível ㅡ comentou Keila pegando uma garrafinha de água para beber.
Serena consultou o relógio. Eram apenas oito horas da noite. Tinham pelo menos mais duas horas de trabalho pela frente.
一 Estou cansada de sorrir. ㅡ A garota sentou num banquinho, aproveitando que naquele momento nenhum cliente deslumbrado precisava da sua atenção. 一 Hoje vou chegar em casa e cair dura na cama.
一 Calma, amiga. A função recém está começando. Temos quase dois meses pela frente.
一 Não sei se vou suportar e…
Os olhos de Serena foram atraídos para a calçada. Em meio a tanta gente desconhecida, um homem alto, vestindo calça jeans e camiseta branca, vinha caminhando lentamente, cabeça baixa, de olho no celular. Não parecia um turista, embora nunca o tivesse visto em Monte Noel.
一 Keila, olha ali ㅡ balbuciou Serena.
Preocupada em atender um cliente que chegara naquele momento, Keila não prestou atenção na amiga. Mas se tivesse feito isso, se surpreenderia ao ver Serena completamente hipnotizada, os olhos cravados em algo, esquecida do resto do mundo.
一 Serena, chegou mais gente aqui no estande. Serena?
No entanto, ela não escutava mais nada. Afinal de contas, quem era aquele cara? De repente, o homem parou de caminhar. Parecia distante e distraído, com os olhos no telefone, não percebendo a atenção que chamava não apenas de Serena, mas de outras mulheres que circulavam por ali. Repentinamente, ele levantou a cabeça e olhou na direção dela. Quase sem respirar ante o contato visual que se seguiu, Serena chegou a ensaiar um sorriso. Meu Deus, quem era ele? Qual o seu nome?, teve vontade de gritar. Um puxão na manga da camisa fez com que voltasse ao mundo real. Keila a observava sem entender coisa alguma.
一 Você pode atender a cliente que chegou, por gentileza?
一 Oi?
Uma senhora segurava um dos enfeites natalinos aguardando o atendimento, com certa impaciência.
一 Er… você vai levar? Cartão ou Pix?
一 Gostaria de saber o valor ー devolveu a mulher não muito simpática.
Ainda atordoada, Serena perguntou:
一 Valor?
Keila revirou os olhos, aborrecida.
一 Você está bem?
一 Sabe o que é… ー Serena não aguentou mais e olhou de novo para a calçada.
O desconhecido já havia ido embora.