Despedida crua
As dívidas, mares desiguais nas profundas correntezas, meu barco não é forte o bastante para superar a tormenta.
Em rimas nada legais, escrevo teu nome ainda nublado em minha vazia sala, ecoando proezas mal amadas.
Sinto que tenha que receber uma carta e não um amante, pois por mais que entenda teu apreço a mim, terei de ir.
Quero que lembre de meu nome para assim poesias de coros recitar em rodas de samba a tocar e a dor passar.
Lamento, não lhe ter dado anel para um compromisso laçar, mas não posso deixar meus fracassos as tuas mãos e de nossos futuros decendentes que nunca viram a claridade do céu noturno.
Com essa poema emaculado, me despesso saudosamente, deste corpo que já jaz moribundo, quando encontrado.
Lembre-se de meu nome, é simples, nada enfeitado, sabes que não sou rico, me chamo Adão e isso não mudará na próxima vida.