Despedida crua

As dívidas, mares desiguais nas profundas correntezas, meu barco não é forte o bastante para superar a tormenta.

Em rimas nada legais, escrevo teu nome ainda nublado em minha vazia sala, ecoando proezas mal amadas.

Sinto que tenha que receber uma carta e não um amante, pois por mais que entenda teu apreço a mim, terei de ir.

Quero que lembre de meu nome para assim poesias de coros recitar em rodas de samba a tocar e a dor passar.

Lamento, não lhe ter dado anel para um compromisso laçar, mas não posso deixar meus fracassos as tuas mãos e de nossos futuros decendentes que nunca viram a claridade do céu noturno.

Com essa poema emaculado, me despesso saudosamente, deste corpo que já jaz moribundo, quando encontrado.

Lembre-se de meu nome, é simples, nada enfeitado, sabes que não sou rico, me chamo Adão e isso não mudará na próxima vida.

Arishrnr
Enviado por Arishrnr em 10/10/2024
Código do texto: T8170364
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