Imaginário
Uma manhã quente, pela janela entra uma brisa morna, ela se espreguiça feito uma gata.
Olha em volta o quarto desarrumado, suas roupas ainda no chão, enterra o rosto no travesseiro com um sorriso maroto recordando a madrugada ardente.
Emoções tinham vindo a tona numa discussão boba na noite anterior.
Quando do nada ele resolve terminar a briga que não levaria a nada pegando seu rosto entre as mãos e beijando aquela boca malcriada.
Surpresa ela fica imovel com os olhos arregalados mas se entrega aquele beijo .
O que veio a seguir ela ainda tenta entender.
Porque mesmo estávamos brigando?
Eles sempre se estranhavam quando perto, implicando um com o outro.
Tudo coisa do amor escondido.
Aquele amor não falado que acabava em provocação.
A porta se abre e ele entra sorrateiro invadindo novamente aquele espaço entre seus braços que levou tanto tempo para sentir o calor.
E agora se entregam novamente aquele amor que sempre esteve alí, era só fazer acontecer.
Uma brisa suave e morna levanta as cortinas daquele quarto naquela manhã de primavera.