Imaginário

Uma manhã quente, pela janela entra uma brisa morna, ela se espreguiça feito uma gata.

Olha em volta o quarto desarrumado, suas roupas ainda no chão, enterra o rosto no travesseiro com um sorriso maroto recordando a madrugada ardente.

Emoções tinham vindo a tona numa discussão boba na noite anterior.

Quando do nada ele resolve terminar a briga que não levaria a nada pegando seu rosto entre as mãos e beijando aquela boca malcriada.

Surpresa ela fica imovel com os olhos arregalados mas se entrega aquele beijo .

O que veio a seguir ela ainda tenta entender.

Porque mesmo estávamos brigando?

Eles sempre se estranhavam quando perto, implicando um com o outro.

Tudo coisa do amor escondido.

Aquele amor não falado que acabava em provocação.

A porta se abre e ele entra sorrateiro invadindo novamente aquele espaço entre seus braços que levou tanto tempo para sentir o calor.

E agora se entregam novamente aquele amor que sempre esteve alí, era só fazer acontecer.

Uma brisa suave e morna levanta as cortinas daquele quarto naquela manhã de primavera.

Lia Hydalgo
Enviado por Lia Hydalgo em 03/10/2024
Código do texto: T8165848
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