Pássaro sem asas
Voar como! Se o tiro certeiro danificou sua asa esquerda! Vivia pulando embrenhando nas moitas por força do habito saltitava para ver se por um milagre pudesse levantar voo e plainar. Pássaro querido eu fui atingido não na asa, mas no peito onde a bala do cupido atingiu o meu coração. Hoje como você fico a observar os voos rasantes e os delírios dos casais de namorados viajando nas veredas dos sonhos amorosos, sem medo de serem felizes. Um dia também voei lentamente para os braços de quem me traiu com sua isca para a armadilha que levava para prisão onde me encontro dentro desta cela, e como companhia tenho esse pé de ipê que seus galhos roçam o vitro de minha janela.