Aristeu, o ateu

Aristeu nasceu como se estivesse com uma maldição, tudo que acontecia dava errado, compras mal sucedidas, amores não correspondidos, planejamentos fracassados, tudo acontecia o errado. Quando alguém consegue uma conquista, normalmente vão comemorar bebendo, porém Aristeu é ao contrário, quando acontecia algo ruim ele só bebia e consigo vinha um cigarro para acompanhar, não tinha jeito. O homem era azarado, já não tinha esperanças de vida, ele somente deixava o tempo correr... Acordava, comia o que tinha dentro da despensa, ia trabalhar para poder ter um mísero dinheiro e no final do trabalho ele ia gastar boa parte do dinheiro no bar e com as loucas que “ficavam” com ele, ele só saia do bar cruzando as pernas para que no dia seguinte acontecesse tudo de novo, de novo e de novo. Uma coisa que Aristeu odiava era de pessoas que acreditavam em Deus, eles diziam "tenha fé em Deus que você vai melhorar", "com fé em Deus você vai sair dessa", porém Aristeu sempre os xingavam com os mais baixos, perversos e pesados palavrões possíveis e depois falava a mesma frase, "Do jeito que eu estou levando a vida, Deus não existe, só acontece merda na minha vida".

Lá para depois das nuvens, Deus sempre via e ouvia o que esse rapaz fazia, então o Senhor resolveu fazer um sinal que ele existia, "Já que Aristeu julga meus feitos em sua vida, vou fazer uma coisa boa para ele, vou colocar uma bela dama em sua vida para que lhe ajude com esses seus problemas!” E assim foi feito, Aristeu ao chegar em seu trabalho foi apresentado uma nova moça para prestar serviço na empresa, seu nome era Diana, como era linda, uma mulher de pele parda, cabelos encaracolados e olhos de tom mel. Aristeu enlouqueceu com tamanha beldade em sua frente que não conseguia nem trocar papo com a moça por que sentia vergonha, o que era muito difícil por que ele não era assim com as mulheres que ele saia depois das bebidas e noites de gandaia. Tempos se passaram, a moça ficava de canto com seu trabalho enquanto Aristeu sempre pensava em como iria chegar nela para conversar e chama-la para sair até que ele criou coragem e foi:

- Oi, sei que você é nova aqui e eu queria ver se você tá afim de sair para conhecer a cidade, tem um bar aqui por perto, podemos beber e conhecer aqui por perto.

Diana parou seu serviço e respondeu:

- Não curto cerveja e nem bar, para mim é coisa de bêbado.

Aristeu ficou meio borocoxo, saiu pensando "poxa, ela falou que não curte bar por que é coisa de bêbado, então ela me chamou de bêbado..., mas não vou desistir dessa beleza". Aristeu estava sentindo um sentimento que jamais sentia nas outras mulheres que ele saia, então ele pensou que o problema era a bebida, pois ele parou com todos os tipos de brejas e sumiu dos bares.

Tempos se passaram, conversas rolaram e eles começaram a ter mais amizade e com isso Aristeu chamou-a para sair novamente, porém para um local que a bebida não fosse um meio de diversão, então eles foram para um restaurante para jantar e conversar e para se divertir foram em um parque que era próximo, eles jogaram alguns jogos que tinha no local, brincaram, riram, se divertiram e assim foi indo até o fim da noite. Ali construíram e desenvolveram intimidade por que eles já não se gostavam somente como amigos, Aristeu queria que ele e Diana fossem um só e tomou coragem para pedi-la em namoro que por sua vez aceitou com um belíssimo sorriso em seu rosto. Anos se passaram, em torno de 10 anos, Aristeu e Diana estão bem casados e muito atarefados e esperançosos com a chegada do pequeno rafa, o primogênito.

Lucas Magalhães de O
Enviado por Lucas Magalhães de O em 10/07/2024
Reeditado em 13/09/2024
Código do texto: T8104204
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