O relógio ainda marcava...
Noite fria, cama vazia...Foram à varanda, dois pombinhos, em noite de luar. Duas pessoas amantes de uma boa pizza na mesa e uma cerveja, uma loira gelada na madrugada e o copo ainda suava, quando os corpos ainda suavam.
Nada teria acontecido. Nada? Dois corpos adormecidos e antes alienados, embebidos pela paixão, traídos pela confusão. Confundidos por um casal que estampava nos jornais por ter cometido um crime: e o crime foi amar sem limites.E o relógio? Continuava no pulso marcando dez pras duas, em vidro trincado.
Viveram e foram amados. Nunca armados. Foram covardemente levados, por serem levados. Levados!