O relógio ainda marcava...

Noite fria, cama vazia...Foram à varanda, dois pombinhos, em noite de luar. Duas pessoas amantes de uma boa pizza na mesa e uma cerveja, uma loira gelada na madrugada e o copo ainda suava, quando os corpos ainda suavam.

Nada teria acontecido. Nada? Dois corpos adormecidos e antes alienados, embebidos pela paixão, traídos pela confusão. Confundidos por um casal que estampava nos jornais por ter cometido um crime: e o crime foi amar sem limites.E o relógio? Continuava no pulso marcando dez pras duas, em vidro trincado.

Viveram e foram amados. Nunca armados. Foram covardemente levados, por serem levados. Levados!

Gedeane Costa
Enviado por Gedeane Costa em 29/06/2024
Código do texto: T8096534
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