Mamães também Amam e transam

Na fila do supermercado, tudo parado. Problemas no caixa. Eu e a mulher a minha frente começamos a conversar sobre esses tipos de problemas que frequentemente acontecem com os caixas. A mulher estava com a sua filha (que aparentava ter entre de oito e dez anos). Finalmente resolvido o problema no caixa, a fila começou a andar. Chegando perto do caixa, ela perguntou se eu não queria passar na sua frente, já que eu tinha poucas coisas na minha cestinha. Eu respondi que não, pois se já havia esperado até aquele momento, não me custaria esperar mais um pouco.

Ela passou as compras dela, pagou e saiu do supermercado. Eu passei as minhas, paguei e sai também. Ela estava na fila do ônibus e estava toda enrolada com as bolsas de compra e a criança. Pedi ao motorista para abrir a porta de trás e coloquei as compras dela dentro do ônibus. Ela agradeceu e o ônibus partiu.

Quase um mês depois, eu a reencontrei no supermercado. Ela estava na fila ao lado da minha e dessa vez, estava sozinha. Ela me agradeceu e fiquei surpreso por ela me reconhecer. Saímos do mercado praticamente ao mesmo tempo e fomos conversando. Quando chegamos no ponto, ela me agradeceu novamente e de repente, perguntou se poderia me ver novamente.

Fiquei um pouco surpreso com isso, pois sinceramente não esperava. Ela era uma mulher bonita, simpática e agradável e talvez por tê-la visto com uma criança, não tive nenhum tipo de maldade ou segundas intenções. Instintivamente, olhei para a sua mão e não vi nenhuma aliança.

Bem, respondi que gostaria sim de revê-la. Trocamos nossos números de telefone e por causa disso, acabamos dizendo os nossos nomes um ao outro. O ônibus dela chegou e ela embarcou nele, mas pude perceber que me olhava a medida que a condução se afastava.

Eu havia me decidido a não ligar para ela, pois talvez ela pudesse ter se arrependido do que fez. Demorou quase um mês para ela me telefonar. Pediu desculpas por não ter ligado antes, pois tinha uma vida muito atarefada por causa da filha e das coisas que tinha que resolver. Eu disse que tudo bem e nos falamos por quase uns trinta minutos. Ela perguntou se podia adicionar o meu contato de Whatsaap e eu concordei. Passamos umas duas semanas nos falando todos os dias. Eu estava gostando demais de nossas conversas e certo dia, perguntei se a gente podia siar para algum lugar juntos. Ela me disse que por causa da filha e das suas responsabilidades, poderia ser um pouco complicado, mas assim que conseguisse marcaria comigo.

Duas semanas depois, o telefone tocou numa sexta feira. Era ela. Perguntou se eu estaria livre a noite e lhe respondi que sim. Marcamos de nos encontrar em um lugar que seria de fácil acesso para aos dois no qual poderíamos nos sentar, beber, conversar um pouco e nos conhecer melhor.

Nos encontramos no lugar combinado e tivemos uma ótima noite. Ela me revelou que havia se separado a um ano e meio e que desde então, praticamente vivia para a filha. Não perguntei nada sobre o seu relacionamento anterior… deixei que ela se sentisse a vontade para falar sobre o que quisesse quando quisesse. Ficamos quase umas três horas nesse lugar e depois saímos. Ela pediu um Uber e enquanto esperávamos ele chegar, um beijo aconteceu. O Uber chegou e ela foi embora. Eu fui para casa caminhando e pensando sobre tudo o que estava acontecendo na minha vida.

Continuamos nos falando praticamente todos os dias em vários horários. Disse que queria vê-la novamente e ela me disse que a vida dela era meio complicada por causa da filha, pois não gostava de ficar deixando ela com os pais ou com os tios para sair. Eu respondi que entendia e respeitava os motivos dela.

Nos dois meses que e seguiram, conseguimos nos encontrar umas quatro vezes. Eu me perguntava o que era aquilo que nos tínhamos. Um namoro? Um caso? Sei lá… parei de pensar e apenas curti os momentos que passávamos juntos. No mês seguinte ela me ligou num sábado perguntando se podíamos nos encontrar. Respondi que sim e marcamos. Por volta das vinte horas, nos encontramos no lugar combinado. Perguntei-lhe aonde iríamos e ela respondeu: “quero ir para um lugar no qual possamos ficar sozinhos” – e me beijou com paixão. Pedi um Uber e fomos para um motel. Chegando lá, nos entregamos um ao outro. Tive todos os cuidados com ela, pois parecia um pouco retraída e talvez travada por alguma questão pessoal dela. Mas aos poucos, ela foi se soltando e se despindo dos medos e pudores e passou a me mostrar as suas vontades e necessidades – as quais eu atendi da melhor maneira possível. Nosso prazer ecoou pela noite. Fomos para o chuveiro juntos e depois de nos banharmos, deitamos na cama e nos amamos mais uma vez. Exaustos depois do ato consumado, nos abraçamos e dormimos. Acordamos umas três horas depois. Ela estava faminta e eu também. Pedimos algo para comer e enquanto esperávamos, perguntei que horas ele precisaria ir embora. Ela me respondeu: “Hoje, eu me permiti. Contei para minha Mãe de você e disse que iríamos nos encontrar. Ela perguntou se eu sabia o que eu estava fazendo e lhe respondi que sim. Ela disse que eu merceia encontrar um pouco de felicidade e se ofereceu para ficar com a minha filha por esse final de semana. Gostaria de passá-lo com você, mas se você não puder, quiser ou tiver outros compromissos, eu vou entend…” – ele a interrompeu com um beijo demorado. Depois lhe disse: “Querida, não há nenhum lugar do mundo em que eu queira estar que não seja aqui e com você.”.

Eles se beijaram mais uma vez. A campainha tocou anunciando que o pedido deles havia chegado. Eles comeram e depois, olharam verificaram as horas. Eram quatro da manhã. Ele perguntou se ela queria ir com ela para outro lugar. Ela respondeu que sim. Depois de comerem, ainda se amaram mais uma vez. Saíram do motel e ele a levou para a sua casa. “Já que temos esse final de semana para a gente, quero que possamos ficar juntos mais tempo em um lugar no qual não precisemos nos preocupar com mais nada a não ser com nós dois”. Ela se emocionou com aquela atitude e lágrimas correram por seu rosto. Ele perguntou se estava tudo bem com ela e ela respondeu que sim e que estava chorando por que fazia tempo que não se sentia amada e importante para alguém. Ele a abraçou e disse que estava se sentindo assim também. Ela disse também que não seria fácil um relacionamento entre eles, pois ela tinha uma filha e era Mãe em tempo integral. “Olha, além de uma bela Mãe, você também é uma bela mulher. Se estiver tudo bem para você, faremos tudo no seu tempo. Tudo bem pra você?”. “Sim” – ela respondeu e me olhando maliciosamente, disse: “Agora, vamos embora daqui, por que quero fazer mais umas coisinhas com você”.

E saíram do motel para viver a sua história de Amor. Qual lição podemos tirar desse Conto? Mães (solteiras ou casadas), também são mulheres. Elas querem ser amadas, admiradas, valorizadas, tem as suas vontades, desejos e também querem e precisam transar. O personagem masculino dessa história descobriu isso e todos os homens deveriam descobrir isso também. Aprendam essa lição!

Denis, O Dreamaker.

16/06/2024-22:32

Confiram outros textos inéditos de minha autoria:

Zona Literária: https://minhazonaliteraria.blogspot.com

Terra dos Sonhos: https://sonhosdesperto.blogspot.com

Luso Poemas (Portugal): https://www.luso-poemas.net/modules/news/index.php?uid=17029

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