Serenata

Tinha um colega

chamado Gilmar

filho de Paulo

um conhecido e respeitado engenheiro

enquanto a sua mãe, de fato,

era uma dentista

e, de consultório montado

como também famosa

por causa dos implantes que fazia

tanto super bem feitos

como também relativamente baratos,

e assim felizes viviam

com os seus dois filhos,

Giovanna de dezesseis anos,

e Gilmar de quatorze anos,

e assim geralmente

após retornar da escola particular, é claro,

e, após naturalmente almoçar

sempre costumava o dever de casa terminar

antes de na minha casa vir

para comigo conversar, brincar

ou, até mesmo na sua bicicleta

pelo bairro passearmos, de fato.

E foi exatamente nessas saídas

que ele começou a paquerar

uma menina que era uma das filhas

do padeiro de uma padaria

existente naquele lugar.

E, por saber tocar de ouvido

o seu bonito violão,

então passou a fazer

a partir das oito horas da noite

uma serenata ao pé da janela

onde era o seu quarto

num velho sobradão onde morava

os seus pais e a sua irmã, de fato.

E, apesar de Raquel lhe ter prevenido

para isso não fazer,

Gilmar não lhe escutou

e, quando estava na terceira noite

tanto tocando como cantando

exatamente como tinha feito

nas duas anteriores noites,

a sua mãe conhecida como Dona Rita,

da janela lhe jogou um balde de água fria

que, totalmente lhe molhou

como também frustrou

e, tanto visivilmente revoltado

como também decepcionado

com aquela inesperada atitude,

voltou para a sua casa ensopado

e, nunca mais, de fato,

até a casa de Raquel retornou,

pois ficou tanto decepcionado

como rambém envergonhado

com o que passou, é claro.

Silvio Parise
Enviado por Silvio Parise em 20/01/2024
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