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Ele esteve algum tempo absorto em pensamentos, olhando-a enlevado enquanto constatava o seu tranquilo respirar… Era tão linda, o longo cabelo ondulado, emoldurando-lhe o rosto sereno na almofada...
Por fim, respirou fundo e duas lágrimas rebeldes afloraram-lhe os olhos. Amava-a tanto e nunca seria sua…
Lentamente, aproximou-se da cama sem fazer ruído, os seus dedos fizeram uma ligeira carícia no rosto angelical e depois de ajeitar a tulipa branca - símbolo da pureza do imenso amor que por ela sentia - sobre a mesa de cabeceira*, olhou a sua delicada silhueta desenhada sob a coberta e pela última vez deu-lhe um adeus, o definitivo, abandonando o quarto de seguida.

* Criado mudo.