Um estranho íntimo
XIII
O silêncio pairou. Ele finalmente sabia o que eu sentia, e pela primeira vez, nosso sentimento foi mútuo. Nós ainda conversamos, mas nenhuma palavra fugia do momento. Eu senti o peso do mundo sob meus ombros, e pude sentir a decepção dele. Antes que fosse tarde, fomos para garagem de sua casa terminar nossa conversa, e aumentar a mágoa, talvez. Abri o portão da casa dele, e chamei meu transporte, e enquanto isso, ficamos tête-à-tête, ele pegou em meu rosto, e me olhou nos olhos procurando algo em meu olhar, foi recíproco, mas nem eu e nem ele sabíamos o que procurávamos. E então, eu o abracei, foi um abraço demorado, carregado de tristeza e ternura, mas na minha mente, eu sabia que era o último, por alguma razão, eu sabia que nunca mais viveria isso novamente com ele. “comigo não tem segunda vez” frase sempre dita por ele. Tranquei o portão, olhei pra trás, e ali nos despedimos.
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