O parquinho e a gangorra
Cercado por mureta no meio uma grade de ferro dava o acabamento, procuro o portão de entrada. O sol é quente, no asfalto sobe uma névoa vaporizante tipo miragem como se estive no deserto. Logo na entrada a velha cipreste com sua sombra refrescantes parece me reconhecer. Paro vejo as crianças brincar no parquinho. Meus pensamentos volta e sou um infantojuvenil nesse instante. Tenho impressão que tudo é real que chego ouvir os gritos espalhafatoso seu claramente, ao mesmo tempo cinto uma paz e um silêncio interno que me acalma. A realidade é tanta que vejo a minha bolsa tira colo de estudante pendurada no alambrado, e namorando a distância com olhares de um peixe morto ficava hipnotizado com suas peripécias na pequena gangorra.
Mesmo na imaginação a geografia do parque infantil municipal era lindo. Ele era assim, um cenário cheio de brinquedos, árvores, mini ruas calçadas e bebedouros, com suas quadras agrupadas com balanços, gangorras e bancos apropriados para os visitantes adultos e mirins. Sorria ao rever tudo aquilo, lugares de gente felizes e de detalhes amorosos, dando amparo e guarida que deixa saudade para toda vida.
O filme vai se distanciando e some no infinito do horizonte daquela tarde no crepúsculo do sol, forço ostentar um sorriso mas percebo que estou chorando, como estivesse vendo um retrato de família, dou um suspiro fundo e sinto um gelo no peito, já estou sentindo saudade dá cena que presenciei agorinha mesmo senti sua alma se afastando e a ausência de um corpo que tanto abracei!!!!!!