No meio das pedras
Solitária tremula seus foliolos com o assopro do vento alísios daquela manhã ensolarada.
Olhar ofuscado pelas lágrimas abaixado com leve toque açoita para um lado e outro deixa viajar seus pensamentos até o dia que a encontro ali naquela gruta e nasceu um romance.
Com certeza não foi esta plantinha, mas é uma descendente num cenário igual, porém de enredo e script bem diferente.
Já não existe o vigor de outrora o sangue que corre nas veias buscam alimentar as velhas células, e traz duras lembranças que não gostaria de relembrar.
Pergunto porque estas aqui? Se a sua volta as duras pedras escuras esfriam a noite e esquenta deixando-a murcha, triste, quase morrendo não dando importância a sua vida.
Sim! Entendo estamos no mesmo barco, hoje estou vegetando sem a presença dela nesta vereda da vida fria escura.
Todos os dias vou vim visitá-la e trazer um pouca água, já que minhas lágrimas é salgada e pode te matar antes do tempo.