Ácido acetilsalicílico
Costurei com assaz diligência, daquelas que prutuberam na códea rugosa das decisões mais hesitantes. Não havia como olvidar o destino sem regras do filho da puta que calhou em defenestrar todo fluído a ressumar daquela alma infestada e purulenta.
Abri a porta, entrei e, célere como a rameira que urge receber pelos prestados serviços, sentei com o rabo cansado de tanto ser só o sítio de um cu que nem mesmo se prestava o trabalho de ter simpatia por uma boa penetração. Em cima da mesa, a xícara. Desde tempos imemoriais, pois todo saum, do verbo são, ao considerarmos a relação prostituta entre eles e nossa bosta de memória , ali. O café, em suas tripas de porcelana, frio e viscoso. Virei de um gole só.
Foi arrastando as correntes devoradas pela ferrugem que opugnou-me a certeza de estar certo, em todas as causas possíveis para uma certeza que não deixa a dúvida levantar a mão para chorar as estúpidas perguntas de sempre. Olhei em seus olhinhos, miúdos como a libido de uma mulher casada, e vi o regozijo do pavor sendo infectado pelo vitimismo decadente do amor. Ri. Alto. Altissonante! Um cão dos infernos, avisou o maldito, sempre bêbado demais para ser levado a sério.
Fragoso era aquele tipo de chefe que faz uma diarréia parecer boa ideia. Seus olhares oblíquos em minha direção entrevistavam a mais primitiva das necessidades. Aquela que promove toda a qualquer virtude em vício e autoriza o último a rebaixar a primeira a joelho de porco, se muito.
A rádio local denunciava com o horror que só a hipocrisia sabe homenagear em casos assim, e assados, o absurdo que andava sorrateiro pelas conservadas ruas centrais da cidade na mais calada das noites. Todas. Ah, a periferia que se fodesse. Sói prática regular e institucional.
Eu amava. Como amava. O amor era meu porto. Seguro e indefectível. Com ele e seus acólitos, ia indo. Onde e aonde. Dava-me na ênclise do pronome a força para refrescar seus intestinos vazios de sentido, mas integrais de sofreguidão!!