O Diário.
O Diário.
Nas lembranças de um passado remoto, sobre a escrivaninha empoeirada pelo tempo, em um determinado diário manchado pela umidade do ambiente, aquele marcador situado precisamente numa página, revela...
Dos caminhos trilhados pela idade jovem deste senhor, alguns foram de densas folhagem fechadas, quase impenetráveis com grossos troncos no caminho a seguir, flores que, ao desabrochar exalavam um odor fétido camuflado com toques sutis, e, espinhos fechando o cerco ferindo, rasgando, mas, guardava em seu leito um abraço esperançoso.
Das miragens vista nos trajetos percorridos, seu olhar nem sempre via a grandeza do ser, nem sempre enxergava tudo que mirava, nem sempre esteve aberto, mas, encantava com versos sem qualquer rima.
A lenda deste, conta que:
O Oráculo previu!
Quando tudo mostrar-se nada.
Quando nada, em seu todo, for tudo.
Um vento vindo do Norte,
Descansará sobre a brisa Sul.
Então,...
O senhor em sua juventude, teria escritos frases há quinze anos na busca incessante de um pequeno sussurrar, na ânsia de tocar corações alheios à manhãs, e, de encontrar uma alma sequer, que, na composição de Delfos, o seguisse...
De repente, a pedido de Eolo, uma rajada de vento folheia o diário até aquela página marcada, na revelação, o olhar castanho do luar por sobre a montanha, mira um olhar na imensidão do oceano verde-azulado. Conta os anciões das velhas cruzadas na terra primitiva, que, Hela (Hell), por inveja, e, capricho, separou-os.
Há quem diga em seus estudos, arqueológicos, em parábolas cristãs, ou, até mesmo, nos acostamentos de um viaduto, qualquer, que:
" O amor é o espaço e o tempo tornados sensíveis ao coração..."
Se pegando a esta ideia, o homem espera...
Texto: O Diário.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 29/06/2023 às 17:51