A Roda Da Vida cap 3
A manhã chegou iluminada. O sol nascia no horizonte lindo como uma verdadeira Aurora Boreau. Prenúncio de felicidades? Talvez. Na pressa para tomar o ônibus, Ane nem parou pra pensar muito. Sabia que na hora certa voltaria a encontrar Almir.
A condução desta vez não atrazou. Mas seu lugar preferido estava ocupado. Ane ficou em pé até a altura do Detran. Lá saltaram algumas pessoas e ela sentou. Perto da rodoviária, pela janela, viu uma mulher muito parecida com a Estelita. Achou que ela ia pegar o mesmo ônibus mas a Tal mulher tomou outro ônibus e sumiu de vista.
Como seria bom poder conversar com ela. Teria notícias de Almir. Gostava muito dessa prima dele. Mas infelizmente ela não poderia conversar mais com ela e sabia disso.
O ônibus, dirigido por um motorista pé de chumbo, chegou logo a praça em Ibiraçu.
Ao descer do veículo, quase caiu pois olhava pra porta da padaria Trilegal. Uma mulher estranha a ajudou e conseguiu descer sem mais incidentes.
Pensou em entrar na padaria mas a bicicleta não estava em frente. Também estava atrazada e a patroa já a observava do portão. O melhor era seguir pra lá sem demora.
Almir apressou o passo. Apesar de sair cedo tinha que correr se não quisesse se atrazar. O pneu da bicicleta estava furado e ele teve que seguir à pé. Quase correu pela rua até a padaria pra comprar os pães de seus pais e dar tempo de deixar com eles e depois ir trabalhar sem se atrazar. Ao sair da padaria teve a impressão de que o ônibus já havia passado. Viu uma pessoa que costumava vir nele mas não viu a Ane.
_Será que ela não viera? Bom, tinha que correr, se não quisesse se atrazar.
Mais uma vez a roda viva o afastou de Ane.
Continua...