UM AMOR PROIBIDO
Evalda, menina bonita, cheia de charme, um mimo de garota sedutora, mas ainda muito novinha, nem tinha tirado a "catinga do mijo", como diziam os mais velhos. Não estava no tempo de namorar, tinha somente 12 aninhos, mas o corpinho... dava a impressão de ter mais. Eu pensei: vou esperar e dar o "bote", ela vai ser minha, eu tinha meus 13 anos nessa época. Não me conformava vendo-a conversando com outro guri, ficava fulo, mas... fazer o que?
O tempo passou, porém meu desejo de namorá-la não havia passado e a hora "H" chegou. Me aproximei de mansinho, fui me chegando, elogiando o seu sorriso, muito lindo por sinal, tentando uma oportunidade de ganhá-la no papo. O que eu menos esperava aconteceu em poucos dias, enfim eu a estava namorando e era sério. Vibrei intimamente e procurei ser um namorado de qualidade, fiel e até não ciumento. Me arrependi de não ter sido ciumento. Carlos aproximou-se dela e fingindo elaborar um trabalho de escola (eles estudavam juntos) conseguiu convencê-la de que eu a estava traindo com outra moça. A Lucilene, que em conluio com ele arquitetou todo o plano e disse que realmente estava de papo comigo. Como me arrependi de ter sido amigo dela, dessa traidora. Resultado, o Carlos deu em cima de Evalda e acabaram namorando. Perdi a garota e o amigo. Quanto a Lucilene nem se fala, desapareceu como por encanto. Sofri demais com a perda da namorada que acreditou naqueles dois.
Anos depois eu soube que o Carlos havia desposado Evalda, estavam casados de papel passado, como se dizia naquele tempo. Tiveram um filho que já estava com 6 anos. Ela morava em um bairro vizinho e eu, que já tinha namorado algumas garotas mas que não tinha dado certo, resolvi fazer uma loucura, fui procurar Evalda, pois sabia onde morava. Ela sempre levava o filho para a escola e aproveitei essa oportunidade para conversarmos. Até que ela me atendeu bem, discutimos aquele tempo passado, disse ter sido uma grande farsa o que o seu marido havia feito conosco com a ajuda de Lucilene, que inclusive era um "caso" dele na época e continuava sendo até o momento (menti para que ele pagasse com a mesma moeda), o que deixou Evalda com uma pulga atrás da orelha. Disse que ainda gostava muito dela e que foi uma infelicidade ter acontecido essa história mentirosa que atrapalhou o nosso casamento. Foi quando eu tive notícias da megera que acabou com meu namoro. A Lucilene estava em evidência e até freqüentava a casa deles. Pedi para que ela avaliasse essa situação e conversasse firme com essa falsa amiga e foi o que ela fez, descobrindo então toda a verdade.
Evalda me falou isso uns dois dias depois quando a encontrei no momento em que levava o filho para a escola. Disse ter ficado muito sentida e que também gostava muito de mim chegando ao ponto de me pedir desculpas. Isso fez nascer entre nós uma situação complicada, acabamos nos envolvendo e nos encontrávamos sempre em um motel das redondezas. Aquele ímpeto de tê-la para mim voltara com toda força e ela até disse não mais gostar do marido, mas já que estava casada preferia dar um tempo para depois saber o que fazer de sua vida. Enquanto isso não acontecia a gente ia se amando e até nos encontrando em um apartamento onde eu morava sozinho.
Alguns anos se passaram e Evalda leva uma vida dupla, oficialmente vive com o marido Carlos e nas horas vagas nos encontramos no meu apartamento. Dificilmente vejo o marido dela e nem me interessa vê-lo, afinal ele e a Lucilene foram os causadores do que aconteceu comigo e com a Evalda.