Naquele amor único e eterno...
Na idade derradeira da vida, aquele idoso casal ainda se olhava com amor e ternura. Longevos sete décadas de união estável, vida afetiva, respeito mutuo e extrema cumplicidade.
Passaram-lhes através do tempo. Os filhos, netos e agora os bisnetos que raramente vinham vê-los.
Os amigos que já se foram. As fotos amareladas em cima do sofá faziam recordar de um mundo que não existia mais. As mãos frágeis se tocaram, as lágrimas rolaram pelos rostos cansados.
Abraçaram-se como se fosse a primeira vez, e naquele amor único e eterno se despediram da vida feito pássaros livres voando ao céu, na mansidão do infinito, cientes que juntos, havia vencido o bom combate.