Uma linda história de amor

PARTE 1

 

Passo a contar uma história de amor vivida na minha infância até os dias hoje com a minha amada Lorena.

Morávamos na mesma rua da pacata cidade interiorana de Tabira no estado de Pernambuco. A cidade é banhada pelo rio Pajeú, e fica no berço da poesia da Literatura de Cordel.

Participávamos de todas as brincadeiras de criança daquela época mais precisamente na década de 70. Tudo na mais perfeita união, andávamos sempre pelos mesmos caminhos, estudávamos na mesma escola e na mesma turma. Aos poucos fomos nos apegando e a nossa união se tornava mais perene.

Chegamos na mocidade bem entrosados compartilhando praticamente dos mesmos gostos. Lorena gostava de ir na sorveteria aos domingos, às vezes assistíamos os filmes da matinê do Cinema e também peças teatrais.

As vezes fugíamos para tomar banho no Rio Pajeú... A propósito, foi justamente nesse cenário de beleza rara, que começamos a nos descobrir para o mundo dos sonhos juvenis... Estava chegando na época da puberdade e nossos corpos estavam sofrendo mudanças para a chegada da adolescência.

Esse banho foi diferente. Naturalmente como era de costume, ficávamos nus, vestindo apenas cueca e calcinha. Despois de um mergulho subimos juntos para a beirada. Foi então que nos abraçamos demoradamente e notei que haviam nascidos dois lindos botões rosados no seu corpinho, os quais roçavam no meu peitoral. Ela também notou o aumento do volume na cueca.

Ficamos emudecidos e começamos a nos beijar, sendo apenas interrompidos bruscamente por dona Izaura, Mãe de Lorena que se encontrava em pânico com o nosso sumiço... Já estava chegando à noite e não havíamos notado.

Lembro que dona Izaura falou:

- Vai apanhar quando chegar em casa.

Foi um dos dias mais marcantes das nossas vidas. Era como se estivéssemos numa viagem interminável. O nosso mundo havia mudado naquele instante e que algo extraordinário tinha acontecido conosco, movidos por uma força sinergética.

Infelizmente, a partir desse momento começaram a acontecer fatos inusitados, como num castigo, para contrapor as nossas vontades. Morávamos no mesmo bairro, íamos juntos para todos os lugares, mas fomos ceifados dessa liberdade. Nos proibiram de irmos até para o Colégio. Parei de ir na sua casa como de costume. Foi realmente muito traumático.

Passaram-se 3 anos, já havíamos concluído o ginasial... Quando nos cruzávamos nas ruas, era somente para um simples bom dia, boa tarde e oi. Meus olhares a acompanhavam até ela dobrar na esquina. Tinha a sua contrapartida.

Um fato me deixou triste no seu baile de debutantes. O seu príncipe não era eu... Ela estava com seu namorado, um fazendeiro plantador de cacau do Estado da Bahia. O mesmo era 20 anos mais velho que Lorena. Soube que foi arranjado por seus pais. O namoro deles era só em sua residência, sob forte vigilância paterna. Naquela época era assim... Ela foi oferecida com todos os seus dotes, principalmente com sua virgindade, num pacote completo.

Eu já estava namorando Mariana; foi quando ela me falou que Lorena iria se casar no final do ano e fixaria residência em Porto Seguro. Com essa notícia, a tristeza se abateu em mim... O que sentia por Lorena era amor. O mesmo que ela sentia por mim...

Foi tudo de pior que veio acontecer comigo... Fiquei realmente revoltado com a situação, pois estava perdendo a mulher da minha vida.

 

MAS, EIS QUE SURGE UMA IDEIA MIRABOLANTE DE MINHA PARTE, QUE SÓ CONTAREI NO PRÓXIMO CAPITULO.

 

IMAGEM DA INTERNET

 

Zédio Alvarez
Enviado por Zédio Alvarez em 13/03/2023
Reeditado em 30/03/2023
Código do texto: T7739158
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