O beijo dos apaixonados
O vento frio soprava nas ruas de Milão. Gideon e Atena estavam saindo do ristaurante Zaia. Foram em um concerto de violino no La Scalla e terminaram jantando no Zaia.
Atena vinha encolhida e enroscada no braço de Argov. Por ser alguns centímetros mais alta que ele, a bela grega precisava inclinar o corpo levemente para apoiar sua cabeça na dele.
Argov tinha colocado a mão de sua amada junto a sua dentro do bolso do casaco que usava para se aquecer. Os dois andavam a passos lentos se aquecendo como jovens namorados.
Por que não mudamos para Milão, amor? Você trabalha mais aqui do que em Paris. Eu adoro a Itália. Podíamos reformar o apartamento...
Argov sorriu ouvindo sua amada. Não era má idéia, mas ele gostava do apartamento/ estúdio do jeito que estava.
Gosto da idéia, Palas... Mas quanto a reforma...
Ela riu e o beijou no rosto. Engrossou a voz para imitar o tom dele.
Eu gosto do apartamento daquele jeito. Ótimo para trabalhar e blá blá....
Gideon riu divertido.
Desde quando você é tão sarcástica, Palas?
Ela riu e beliscou o ombro de Argov.
Vamos para casa, Gideon. Preciso de um banho quente e de fazer amor com você no nosso ninho cheirando a tintas e solventes!!!
Ela sorriu. O sorriso tão sarcástico quando suas palavras. Argov a puxou para si e a beijou com paixão.
O beijo dos apaixonados
Wesley Rezende