A Roda Da Vida cap 2

A Roda da vida cap 2

Ane subiu as escadas que a levavam ao andar de cima em velocidade máxima. Nunca conseguiu chegar tão rápido ao andar de cima.

O dia se arrastou como uma lesma e fora difícil trabalhar. A patroa por várias vezes lhe chamou a atenção com gritos, trazendo-a de volta a realidade e dizendo que ela estava no mundo da lua. Ane deu graças a Deus chegar o fim do dia para pegar o ônibus que a levaria de volta para casa. O ônibus nada pontual, como sempre, não a tirou de seus pensamentos. A padaria trilegal do outro lado da rua, era o foco deles. E se Almir saísse lá de dentro agora? O que ela Faria? Quando o ônibus chegou, quase foi arrastada para ele pela multidão de passageiros que queriam adentrar ao veículo. A viagem foi tranquila e passou muito rápido. Anne mal percebeu que chegara a seu lugar. Agora em seu quarto ela pensava em Almir. Será que o veria de novo? Como estaria ele de fato? o que estaria fazendo? Em breve saberia isso e muito mais. Tinha fé que aconteceria. Não via a hora de reencontrar Almir.

Almir chegou em casa e guardou a bicicleta. O cachorro o esperava alegremente e o saudou com animados pulinhos. Ele pertencia a esposa, mas era Almir que o alimentava sempre. Depois de alimentar o cão, subiu e retirou as botas antes de entrar em casa. Não queria irritar Marlene e a última conversa entre os dois tinha sido bem desagradável.

Dona Maria o esperava e delicadamente o recebeu com o carinho de sempre. A velha sogra de 100 anos, de pura sabedoria, sempre o tratou com toda deferença. Por muitas vezes lhe perguntou como conseguia suportar as ignorâncias da Marlene. Ela sabia que ele era quem sustentava a casa. Sua filha já não mais recebia a gorda pensão de seu ex-marido para o filho. Almir fazia as compras de mês as compras da semana e até eletrodomésticos tinha que comprar para casa. Apesar da casa não lhe pertencer e Marlene jogava-lhe isto na cara o tempo inteiro, era ele quem a mantinha em tudo.e era por causa da idosa que segurava esse casamento. Aliás, esse ajuntamento porque não eram casados. Mas tinham um contrato de união estável, que fizera para que ela pudesse usufruir de seu plano de saúde empresarial. Se arrependimento matasse... Mas Almir hoje, só queria ficar sozinho . Queria ir para o quarto e pensar na Ane. O que ela estaria fazendo? será que ainda está casada? será que trabalha? Será que ainda a veria outra vez? Devia ter ficado com o número de seu telefone. Mas não pegou.

E novamente a roda viva gira e os leva pra outros lugares.

Desta vez no entanto, sentia que seria diferente. Esse reencontro parecia ser obra de Deus.

Continua

Nilma Rosa Lima
Enviado por Nilma Rosa Lima em 07/01/2023
Reeditado em 08/01/2023
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