um relacionamento sério

Neste mês o resultado final das eleições apresentará algumas surpresas que certamente serão muito interessantes. E se não, eu vou cuidar disso. Você sabe o que acontece com as montanhas; com a fé que as move.. Ou se a montanha não vier, vá em frente e não seja preguiçosa. Tenho que admitir que mesmo sendo difícil, no fundo do meu coração, ainda existe um desejo de sentir aquela centelha. E mais quando há pessoas que são incendiárias do sentimento. E foi uma surpresa e tanto quando uma nova montanha apareceu.

Temos um cara novo no escritório. Não sei como, mas tudo aconteceu quando eu menos esperava no gênero masculino. No último encontro (cerca de três semanas atrás), conheci um cara que, além de vestir terno com gravata, parecia nunca ter sorrido na vida. Foi um encontro estranho onde eu literalmente queria fugir, embora não fosse a primeira vez que faria isso. É uma coisa estranha de explicar, mas quando você percebe que algo não está fluindo e que o que você quer é fugir, você sabe que sua intuição não está falhando. É verdade que a primeira impressão sempre conta, mesmo que não seja decisiva. Mas é como se algo dentro de nós (intuição, conexão...) surgisse. E com F. aconteceu algo semelhante comigo. Ele começou a colocar tantas barreiras antes mesmo desse dia chegar, que eu realmente não queria ver. E depois de 3 encontros, entendi porque não queria acompanhá-lo até o carro. Porque eu realmente não queria nada além de uma bebidinha para ocupar meu tempo.

Não costumo ter compromissos aos domingos. É o dia sagrado da semana em que gosto de dedicar tempo a mim. Aproveito para atualizar a agenda, meus cremes, séries, cochilos... Ele insistiu que queria me ver e me "conhecer melhor". Confesso que não era o dia mais adequado, pelo menos para mim porque não queria cumprir o ritual do namoro (escolha da roupa, maquiagem, cabelo, etc...). Vesti jeans e camiseta e prendi o cabelo em um rabo de cavalo e saí para o ponto de encontro com pouca vontade e em parte me culpando por ter cedido no dia santo para mim.

Tudo começou a mudar quando o vi pessoalmente. Então eu senti aquela centelha, mas não foi até chegarmos ao limite que eu me impusera, quando entre carícias e toques sutis de mãos e lábios, eu me deixei levar.

Nada disso foi premeditado, nem passou pela minha cabeça. Com nenhum dos meus encontros anteriores (e não foram poucos) algo extraordinário aconteceu. E ele sentiu como o toque de seus lábios em minha vagina produzia eletricidade. E como seu olhar, seu sorriso, penetrava-me profundamente, camada por camada, carícia sugada após carícia.

Eu não queria me sentir presa aos meus medos ou presa às minhas próprias emoções. E quando ele mergulhou seu rosto com força entre minhas coxas, comecei a pensar que isso poderia ser algo irremediável. E foi! Mas assim que os pássaros que vagam por aí procurando um ninho seguro, sua mão pegou meu rosto e me deu um beijo tão carinhoso nos lábios que até agora, enquanto escrevo, me dá calafrios.

Depois daquele beijo, muitos outros vieram. E mensagens do WhatsApp.

E comecei a pensar como fora arrebatador aquele momento. O que eu esperava ser? Ele tímido? Ou impaciente? Ou comedor simplesmente? Talvez eu estivesse me importando demais para pensar que queria conhecê-lo mais? Medo de perder aquilo ao qual você não deu importância devida? Absolutamente nada. Seja você mesma em todos os momentos, repetia a mim mesma. Sem medo. Se você nem sabia que isso era possível antes, não pode fazer mais nada a não ser se deixar levar e seguir aquela intuição que te guiou, é uma companheira fiel. Seja autêntica. Se ja você mesma.

Mas claro, todas as outras tardes, noites que se sucederam, continuaram acontecendo. E os orgasmos continuaram reivindicando minha posição. "Você parece muito estranha", "você não está se entregando toda", "você está muito perdida"... E assim por diante etc.

Eu estava bem. Era apenas um compêndio de muitas coisas. Mas a verdade é que eu queria e queria conhecer a fundo aquilo que tinha aparecido e produzido aquelas faíscas em mim. O resto, deixei de me importar. Eu só queria encontrar um lugar para ele. O resto não eram mais opções.

É certo. Não sabemos absolutamente nada sobre o tema do amor. Estamos sempre improvisando e aprendendo. Quando caímos em suas redes, as lições aprendidas são esquecidas e improvisamos. O tempo para. Os beijos, eles ficam impacientes. As mãos se seguram com a ideia momentânea de nunca mais largar. Os sorrisos são tão cúmplices que você poderia se acusar de entregar-se a esses medos femininos que estão sempre ao desacoplamento dos corpos. Tudo, absolutamente tudo faz parte do agora, embora às vezes insistamos em encontrar um rótulo que nos agrade e queremos garantir que esse sentimento que começou a florescer em plena primavera, chegue pelo menos até ao próximo inverno.

BiaSil
Enviado por BiaSil em 17/11/2022
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