...a perfeição não comporta adjetivos...
Acho que não teria coragem de contar pra ninguém, as coisas que ando pensando de você. Mas é a gente, viu? Nem tem nada de mais, é só uma vontade dos dedos tocarem a tua presença, de respirar bem de perto, quase enxergando teus pensamentos através das retinas e falar de besteiras enquanto o relógio vai dando conta de que o tempo voa quando meu coração bate em dobro com o teu corpo.
Lembra daquela última vez? Ah!, eu só posso dizer que nada é capaz de definir, além do que o meu corpo sente. Acho que a perfeição não comporta adjetivos e tem horas que eu penso que você é meu superlativo de feliz, talvez um coletivo de mim... sei lá! Uma intensidade quando você chama meu nome, que parece uma música dessas que vai entrando pelos ouvidos, mas se embaraça pelas veias, toma a pele numa camada bem fina de suor, quase lágrima.
Ah! Sei lá! Não consigo definir certas coisas, oras! Uma febre terçã, um sentir inconfessável? É meio assim que eu vou sentindo os presságios que os teus arrepios, as tuas manias, a tua existência vão confiando a mim, desenhando junto com minhas tintas algumas paisagens, coisas abstratas, meus poemas mal acabados e os beijos impublicáveis...
É fogo-fátuo e são tangentes. O meu corpo e a tua vida estão numa mesma equação tão matemática, que é quase exata a necessidade de frasear canções deitada em teu ombro, enrolando um pedaço de meus cabelos nos teus. Sabia que adoro essas coisas "cotidianescas" ao teu lado? Parece que todo dia é domingo ou é feriado nacional dentro do teu abraço, da tua boca onde naufragam os versos que trago nos lábios.