Meu romance favorito
A ele me desnudei sem cerimônia.
Em uma breve introdução, me mostrou que é de poucos muitos que se precisa num encontro de almas.
Era o fim das impessoalidades e fantasias improváveis sobre o que já escrevi.
Agora, a inspiração para o que ponho no papel tem olhos castanhos e um sorriso inebriante.
Me vi refém de um olhar envolvente, e a minha rendição foi imediata e sem qualquer resistência.
Ouvi que o tempo é relativo, então com ele fui prova viva. Anos em dias, a intensidade surpreendente em uma brevidade inabalável por qualquer ceticismo.
De tantos amores já fantasiados em palavras, nos peguei protagonizando meu romance favorito.
Nesse ainda curto conto romântico, o referencial de tempo foi em dias, nossos cenários foram os mais inusitados.
O enredo foi aperfeiçoado com a doçura nas palavras dele: era como se eu eu pudesse sentir na minha própria boca.
Se essa paixão for um jogo, com ele eu quero um a um. Sem impedimentos, a única falta apitada é a que ele me faz todos os dias.
Fomos permeados por afinidades sem fim, somos réus confessos dos mais sinceros crimes de amor.
Me pediu regime fechado e eu, já sem defesas, aceitei sem nem ouvir meus direitos: por ele abro mão de qualquer livramento (in)condicional.
Ele é amor, é paixão e doçura.
É fogo que não para de queimar.
Se ele soubesse que me tem nas mãos...
Por ser minha paixão, a ele dedico meus melhores beijos.
Mas se ele fosse um poema, eu usaria as minhas melhores palavras - só para dizer que já o amo.