A sua rosa dos ventos
Seu suor fez escorrer os rabiscos insensatos que risquei em tua pele. A rosa dos ventos. De você escorreram doçuras deliquescidas pelas suas curvas, formando outros rabiscos delineados com as tintas que usei.
Os meus rascunhos de tinta fresca não foram absorvidos em nenhuma direção, então fui embora, não por falta de sentimento ou desejo. Ficaram cicatrizes em minha pele, sob meu suor.
E me sobram vertigens quando sua silhueta para mim é miragem, dentro de um oásis de sentimento, entrando nas frestas dos pensamentos que carrego enquanto caminho distraída, embora não desnorteada ou perdida.
Tudo que se desenrola desde então é como delírio, alucinação, mas te revejo pintada, antes de o suor desfazer minhas pinturas de futuros na sua rosa dos ventos. Nunca consigo te ir embora completamente…