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FOTO: GOOGLE

 

 

 

A LUA E AS ESTRELAS

 

 

Paulo pegou-lhe na mão após lhe ter pedido para fechar os olhos e deixar-se levar. Lúcia obedeceu e seguiu-o, caminhando na areia. Às tantas ele disse-lhe para os abrir e então ela viu, maravilhada, o firmamento límpido ponteado de pequeninas estrelas, num fundo escuro e dominado pela luz brilhante da Lua.

- De mim para ti, a Lua e as estrelas que tanto adoras...

Lúcia olhou-o com lágrimas nos olhos, embevecida pelo carinho que Paulo lhe devotava.

- Meu amor...

- Deita aqui, ao meu lado, como eu te quero, sempre!

Ambos se deitaram na areia cálida daquele dia escaldante de Agosto, que tinham vivido de forma apaixonada, várias horas usufruindo na companhia um do outro, de forma intensa.

Lúcia sentiu que aquele era o momento de se decidir... ele amava-a e ela teve a certeza que o outro, o Augusto,  seu namorado desde a infância, nunca daria um passo concreto, por isso não iria voltar atrás. Apenas gostava dela, mas como se fossem irmãos. Seria Paulo o homem da sua vida, na saúde e na doença, para o bem e para o mal... Agarrou-lhe a mão, sentindo-se a mulher mais feliz do mundo perante todo aquele carinho que ele lhe dava, abraçando-a e beijando-a apaixonadamente.

Encostou o rosto ao peito dele e então deu graças a Deus por tudo aquilo que o Criador lhe dispensava.

Ficaram os dois ali esquecidos do tempo até que sentiu um ligeiro arrepio pois a temperatura arrefecera. Paulo, gentilmente, colocou-lhe o casaco de malha sobre os ombros e voltou a abraçá-la. 

Acabaram por se levantar e regressar a passo, juntos, na direção do hotel onde estavam hospedados.


 

 

Ferreira Estêvão
Enviado por Ferreira Estêvão em 29/09/2022
Reeditado em 30/09/2022
Código do texto: T7616963
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