...dos verbos sem versos...
Pensara em futuro do presente, mas meu léxico já encontrara outros tempos verbais. Um infinitivo pessoal não trouxe respostas e você não conjugou meus versos.
E eu, que mesmo vacilante, erigia novas construções de sonhos conjugados, no presente do indicativo, estou parada olhando o vazio. Não há nada pra ver do futuro.
Até porque, já não adiantaria tentar mudar o rumo da prosa pra outros versos. Tudo mudou demais e já não concordamos verbal ou nominalmente.
Vivermos assim sem termos de orações que nos façam singular em plural, me causa ânsia de tangências, côncavos.
Mas aceito seu pretérito mais que perfeito e conjugo intimamente meu pretérito mais que perfeito do indicativo, pra remir quaisquer erros gramaticais anteriores.
No mais, sem motivos pra seguir esse conto ou crônica, arranco piercing e brincos. Dispo-me do verso, da prosa, da gramática, da matemática da geografia, de todo tipo de química, física ou biologia, tentando, aflita, esquecer sua anatomia, nossa filosofia...
Resta seguir suave, resignada e com motivos pra esquecer tudo que circunda minha sinestesia. Nem percebi que enquanto escrevo, desde a primeira letra, eu de ti, já partia...