Nós éramos crianças
Pensando e sonhando.
Ela me ensinou como é ter um grande amigo! E quando penso, o meu coração bate forte tentando levar meus pensamentos até ela, naquela escolinha de madeira, onde corríamos brincando sem saber que estávamos atravessando as barreiras do futuro.
Corríamos juntos e subíamos na cerca de madeira, onde ficávamos de braços abertos cantando e gritando, gritos tão altos que o outro colocava as mãos nos ouvidos para não escutar. Eu gritava que te amava com todo sentido, mas parecia que não tinha sentido algum, pois éramos apenas duas pequenas crianças. Agora gritamos e o outro não consegue ouvir! As barreiras do futuro não deixam, já que fomos jogados para longe pelo balanço do vento e as mãos do tempo.
Parece que eu escrevi a minha infância a lápis e o tempo passou a borracha e apagou tudo, até a escolinha de madeira desapareceu. Penso que o tempo tentou até apagar você dos meus pensamentos, mas não conseguiu, porque não era lá que você estava e sim no meu coração.
Fico imaginando em como te encontrar! Tento! tento!
Já que não consigo, te encontro nos meus sonhos, porque lá eu tenho certeza de que você vai estar.
Paulo Ribeiro de Alvarenga
Criador de vaga-lumes
Iluminando Pensamentos