Não foi só um sonho

Sonhou encontrar seu príncipe encantado.

Quando era criança, a mãe, para entretê-la, enquanto passava roupas com o ferro de brasas, contava-lhe os contos de fadas.

De Cinderela a As Mil e Uma Noites, os contos de amor esculpiram em seu coração e mente, o príncipe encantado.

Cresceu, trabalhou e estudou e estava mais para fada madrinha, (era costureira), que uma princesa, mesmo que pobre.

E sempre tivera a mãe. Uma madrasta nem poderia imaginar. Ainda mais caber em sua fantasia.

E ficou exausta em despedir todos aqueles morcegóides que se diziam apaixonados, mas nem os bigodões se pareciam com os do seu príncipe idealizado.

Seu coração nunca se encantou com nenhum deles. Aliás, eles a aborreciam.

O tempo passou, ficou para tia, nunca se casou.

Ela parou para pensar se o sonho poderia ser verdade.

Se tornar realidade.

Ponderou que havia, aproximadamente 4 bilhões ou trilhões de candidatos a príncipe para averiguar, cor dos olhos, estatura, sorriso provocador, olhar que expulsasse aquele demônio de vazio que trazia consigo.

Quase desistiu. Era insano perder a vida em uma busca que ia aumentar seu aborrecimento e fazê-la despencar no desengano.

Quem aguenta encontrar só a pessoa errada na vida?

Se fosse só por farra, ia acabar esfarrapada.

Queria um companheiro de riso e de sonho, poeta e com bigodão.

Que se não fosse capaz de enfeitiçá-la com um beijo, ao menos roubasse o seu sorriso ou juízo com um gracejo.

Encontrou-o.

Convidou-a para perder o salto na praça para que ele pudesse dar-lhe uma carona. Marcaram de degustar uma Pizza, mas trocaram seus corações. Selaram tudo com um beijo doce, libertaram um ao outro de um amor possessivo e puderam provar das doçuras peraltas de um cupido traquinas.

Pronto.

Se toda história costuma ter um final feliz, eis uma que jamais vai achar termo.

Love u, meu eterno Luisão do bigodão!

Meu amor é para sempre e só eu poderia escrever o nosso conto.

Eu te dei meu coração e o meu melhor.

Agora sim, a história está completa!

Obrigada por você existir!

ah ah ah!

Eis as nossas mil e uma noites, meu querido sultão!