Um encontro de amor

Vinda do interior, saindo de uma vida tão particular e desejada, Milly chega a cidade para ingressar no trabalho do pai. Os pais, afim de olhar em prol dos filhos, resolveram se mudar e partir para cidade, acreditando que seria de grande importância para a vida deles, tal mudança.

A fazenda, a natureza, seus costumes permaneceram consigo e se mantiveram vivos apesar de contrariada.

Milly gostaria de um futuro bom, de independência, mas não se via longe da vida que levou, e que tanto amava.

O pai Jorge, levou parte de sua produção de queijos do sítio, e instalou na cidade; Pronto para inovar e levar a pureza do sabor e qualidade diretamente da fazenda para a cidade.

Jorge contava com a ajuda e interesse dos filhos, para além de dar certo, expandir seu negócio.

Com tudo pronto, casa e um ponto para o negócio, a família decide uma data para partir.

Em mais uma manhã de aperto por se aproximar o dia de sua partida, Milly levanta bem cedo de seu sono curto.

Se veste confortável e charmosa, camiseta branca, uma blusa clara de mangas puxadas azul, calça jeans, e uma botinha vinho.

Apesar de ser do interior, apreciava sem exagero, vídeos de influencers relacionados a maquiagens; e com dedicação e simplicidade procurava aplicar em seu rosto o que aprendia. Cabelos longos, solto e para finalizar, seu chapéu.

Naquela manhã, Milly foi ter com o tempo uma conversa longa, uma prosa sincera e com todo seu sentimento.

Pegou seu cavalo, ainda escuro mas já com um raio ao horizonte esfumassado azul claro, e foi.

Cavalgou, orientou seu amigo a lhe levar ao ponto mais alto que se perdia da fazenda.

O bichano ainda no escuro, seguia a guia leve de sua dona, ia com cuidado pela estrada de chão e silenciosa, onde só se ouvia o galope do amigo.

Já mais claro, seu caminho começava a seguir longe da estrada de chão, seu galope seria sobre o tapete infinito de grama e moitas que ali faziam morada. Já podia galopar veloz e sumir no vento e na imensidão que parecia sem fim.

Nem ela, e nem o bichano pareciam querer parar, estavam conectados e livres, guiados por uma vontade gigante de chegar; traçando o corredor aberto, nuvem de pura natureza, eles seguiam a mil, por entre árvores que se apontavam uma bem distante da outra.

O vento gelado não intimidava Milly que olhava fixa ao destino ali tão aguardado; e depois de demorada, a caminhada longa mas agradável chegava ao seu destino. Um penhasco imenso lhe apresentava uma gigante vista, alta, longa e verde. Ali, Milly aguardava pelo primeiro raio de sol a cruzar o céu e iluminar sua vida que se encontrava em cima daquele cavalo, cercada por céu e tomada por uma brisa que faziam acenar as mexas do seu cabelo.

Jéssica Malheiros
Enviado por Jéssica Malheiros em 17/05/2022
Código do texto: T7518425
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