Tudo menos ela
Por muito tempo, William pensou que a paixão era uma mera perca de tempo. Seguir o curso natural da solidão lhe parecia muito mais apropriado do que se entregar ao desejo amoroso sequestrante.
Mas ele não podia escolher se apaixonar. Simplesmente acontecia.
Alessandra era a sua mais nova colega de classe. Por mais que quisesse evitar, não conseguira nem sequer perceber quando instantaneamente se apaixonou por ela. Isto porque tal evento se deu com tanta rapidez e singeleza, que era como se fosse um encontro de almas predestinado.
Quando percebeu, era tarde demais. Aos poucos William ia perdendo a capacidade de pensar em outros temas que não fosse Alessandra. E embora os primeiros estágios da paixão possam ser agradáveis, William sabia muito bem o que viria logo depois, quando o encanto se transformasse em frustração. Por tal razão justa, decidiu com todas as suas forças se afastar.
"Nunca se afaste de alguém que goste." É uma lei natural da vida que logo visitou William com juízos distintos. Pesadelos, tremores, esbarros repentinos com Alessandra, coincidências quase que forçadas. O universo conspirava a favor de que ele não escapasse. Era como se ele precisasse aprender uma lição, e que não sairia ileso até que isso acontecesse.
Na sua última batalha contra os sentimentos, William perdeu a guerra para não perder a alma. Se entregou ao curso infreavel da paixão e agora pensava em Alessandra tanto de dia quanto de noite.