VINHO E TESÃO
Duas taças de vinho sobre a mesa, um silêncio sepulcral na sala. Um clima que afastou o meu estresse momentâneo por conta do trabalho, de onde acabei de chegar. Minha vida anda um pouco conturbada, ainda bem que sou um cara de casa pro trabalho, do trabalho prá casa, esse é meu ritmo de vida. Me acostumei a ser assim. É meu costume sorver uma dose de vinho de boa qualidade antes do jantar, Laura é quem me serve assim que saio do banho. Jantamos juntos num clima de felicidade entre um casal que se ama. Ela é minha doce esposa que tudo faz pelo marido. Senti por ela um tesão fora do comum. Estranhei só as taças já estarem ao nosso dispor na mesa.
- Querida, cadê você? -.perguntei um tanto surpreso. Ninguém respondeu e por alguns minutos esperei uma resposta que logo veio, uma voz escutei, possivelmente do banheiro. Imaginei que estivesse no banho.
- Oi, querido! Chego já aí. - a voz parecia ser de Laura e eu sorri satisfeito. Tomei uma taça na mão e me deliciei com o vinho, estava super gelado e isso me reanimou, o estresse danou-se, agora só interessava Laura sair do banho para compartilhar comigo esse doce momento. Os minutos se passaram e o silêncio ali reinava. A outra taça de vinho estava cheia, para não esquentar comecei a tomá-la, encheria outra para o meu amor assim que adentrasse a sala. Mas ela não apareceu ainda. A garrafa estava sobre a mesa e eu enchi as duas taças. Acreditei que logo Laura chegaria. Insisti em chamá-la e uma voz doce respondeu:
- Tô indo, amor.
Permanceu o silêncio e os minutos se passando. Desconfiei dessa voz não ser da minha esposa e perguntei mais uma vez se ela não viria tomar o vinho comigo. Enfim uma silhueta envolta em uma toalha de banho adentrou a sala, minha cabeça já rodava com a terceira dose de vinho e olhe que eu só tomo no máximo duas. A luz ambiente tornou-se tênue e ela me abraçou com carinho me cobrindo de beijos. Eu, já enebriado, me deixei levar por suas carícias, o que não era normal pelo menos ali, no quarto tudo bem. Ela própria encheu a sua taça e começou a sorver, foi tão rápido que foi preciso encher novamente. Voltou a me abraçar e me levou ao enorme sofá ali existente. Pediu para me livrar das vestes e ali mesmo unimos nossos corpos despidos.
Lembrei-me dos tempos quando ainda éramos mais jovens, o nosso furor sexual era intenso, transávamos quase todas as noites. Esse furor se instalou em mim nesse momento, os abraços e beijos não paravam, eu me sentia em plena atividade sexual como naqueles tempos. Com a penetração veio o gozo que foi o melhor desde que nos casamos há mais de dez anos e esse auge se prolongou por minutos que pareciam uma eternidade. Abri os olhos e vi Laura abismada olhando para mim, de pé, na entrada da sala, ela estava envolta em uma toalha de banho e me convidava primeiro para a cama.