Trecho do conto
A Solidez de Betina
Por Áurea Deluz
Foto ilustrativa - fonte: Google
Betina acorda. Olha para um lado e outro, não vê Zé Celta, seu esposo.
- Celta!... Celta! - chama-o com requinte de preocupação. Afinal era um domingo que tudo indicava ser um grande dia aos recém-casados
- Onde ele teria ido? - questiona.
Ela sai da cama, vai à porta, força a maçaneta, procura a chave em todos os cantos de sua redoma, e nenhum chaveiro é encontrado. Betina, então, convence-se de estar trancada, e pelo seu próprio esposo, em plena lua de mel.
Não havia o que fazer senão esperá-lo. Ela volta para a cama, recosta-se à parede e pensa:
- O que está acontecendo, meu Deus?... Por quê ele me deixou aqui, trancada, sem chave e sem café da manhã? Sem resposta, ela enfim convence-se a esperar o cavalheiro, em jejum, e o fez por, aproximadamente, nove horas. (...)