SOLIDÃO
Amava as manhãs. Se ia trabalhar, aproveitava a solidão coletiva do trem para deixar seu pensamento vaguear livre. Em casa, passada a confusão de arrumar os filhos para irem para a escola, respirava e se inspirava do silêncio que no seu lar se estabelecia.
Algumas vezes a lembrança dele vinha. Sem o desespero e amargor de outrora, deixava-se recordar dos ótimos e terríveis momentos, sem escolher.
Quando cansava fazia uma pequena oração:
- Deus, o abençoe onde estiver. No entanto eu te imploro Pai: Nunca mais permita que eu me apaixone!