As reinações do AMOR

Ela só queria viver o amor, em um dia qualquer, hora qualquer, lugar quem sabe qualquer, mas a companhia não podia de jeito nenhum, de forma alguma ser qualquer um. Ela queria um em específico. Era aquele moreno de um metro e oitenta, ao qual ela esperava ao sair do trabalho que o encontrasse todos os dias, procurava em seus dias um detalhe que seja para lembrar, pensar e rebuscar uma reinação que em seus pensamentos não fosse ele.

Maldita, sorte em menina! Por mais, que predominasse um desejo por ele, ela sabia que não o podia ter, não por desejo, mas por insegurança. Talvez, o amor traga essas coisas, nos tornem vulneráveis ao outro, nos tornem bobos, qual o apaixonado que nunca idolatrou o ser amado? Quem precisava de certezas, quando podíamos ver as atitudes? N’alma ela suplicou naquele inverno frio e sombrio, que sua vida fizesse sentido e que realmente fosse amada, como nunca havia sido, pobre moça donzela, desdenhou a si mesma para caber em um amor desvalido.

Os beijos marcantes e ardentes já não faziam sentidos para ela, não eram eles que ela precisava para saciar suas vontades, era preciso mais. Era preciso, reciprocidade. Os instantes perdidos e largados não passavam naquele momento de simples memórias, aos quais ela fazia questão de manter vivas, apesar de tudo, acredita nas reinações do amor, acreditava nos versos de Shakespeare ao dizer que: Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia, embriagasse de alegria é o mais desejado e suplicado naquele momento de angústia e espera. Foi-se a alegria, uma vez que ela estava sonhando e tudo acabou ao acordar.

Menina que sonhava mais do que vivia, talvez dormir, fosse melhor do que se manter sã para ela, pois eram nos sonhos aos quais ela podia realizar todos os seus desejos, malinar o fez viva até hoje.

Lucilene Feitosa
Enviado por Lucilene Feitosa em 10/10/2021
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