Nostalgia

Oh, saudade do tempo da aurora da minha infância

Que me sentia livre de qualquer bagunça emocional

O que entendia por Bagunça eraa minha gaveta

Felicidade era ganhar um brinquedo

E tristeza era não comer um bombom

Cair era dor momentânea

E a dor de um dia, era ser contrariada pela mãe

O choro durava minutos

E o pedido de desculpa vinha logo em seguida

Porque o castigo chegava a uma hora

Oh, saudade que a dor eram instantânea e passageira

Era um machucado que cicatrizava

Uma ferida que estancava

E a liberdade de cair mais vezes fascinava

Eramos aprendizes da vida

E crescemos sem aprender

A dor aumentou quando a partida chegou

O anjo que me ensinou se foi

E deixou suas asas para assim eu voar

Suas as mãos não tocam mais a mim

Mas sinto sua presença confortando a minha alma

Abraçando quando estou presa a dor

Que não acaba sendo passageira

Ela fixa na mente

E externa nos olhos da cor da saudade

E o sal na boca toca

Para lembrar que devemos desaguar no mar

Por que eu cresci?

Para perder quem tanto nos és semelhante?

Como se acostumar com o adeus

Pedindo a Deus que a guarde?

O café de bom dia, já não era mais o seu

Não existe mais cheiro que me lembre o passado

E deixei de tomar pela saudade de não sentir o mesmo sabor

Para a dor não me pegar

Saudade da felicidade, que me envolvia

Eu não sei sentir o cheiro de amor

No café da manhã

Que preparava com todo o seu jeito

O jeito de mãe,