O MINEIRO QUE NÃO FICOU QUIETO
— Meu bem, vim só trazer teu almoço. Daqui a pouco os homens entram aqui neste túnel da mina. Deixa para quando chegar em casa de noite! É chato os outros mineiros chegarem e flagrarem eu tirando tua atenção do trabalho! Você pode ser até mesmo demitido da mina.
— Querida, aqui dentro desta mina tem ouro. Mas diamante... é só quando você chega aqui. E é desde que a gente se casou que eu te digo isso.
— Peraí, meu bem! Escuta esse barulho... que deve ser de gente chegando!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ Ouve-se um estrondo, coisas desmoronando. E, lá fora, alguém grita:¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
— Trabalhador preso na mina! Chamem ajuda!
Quatro horas depois, o minerador Dias e a sua esposa estavam finalmente resgatados e todos notaram que estavam um pouco “descompostos” na aparência, principalmente ela. Ninguém teceu comentários porque estavam felizes por não terem os dois se machucado.
Nove meses depois nascia o futuro engenheiro de mineração, filho do minerador Dias com sua esposa, o primeiro bebê que tiveram naqueles três anos de casamento e de tentativas.
Foi batizado de José Sísmico Dias da Rocha.
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Da série: “Dias: amante bruto”