Dois contos de amor com finais que não irão agradar

Adelar e Jurema quase chegaram a noivar na época em que isso era regra. Eleandro e Alair, idem. E moradores da mesma cidade.

No passar do tempo, Adelar cassou-se com Alair e o fruto dessa união chamasse Adelair. Não por acaso, Eleandro uniu-se à Jurema e nasceu Acácio.

Sem necessidade de explicar os porquês, os casais se afastaram, mas Adelair, involuntariamente, trouxe notícias ao completar 16 anos apresentando seu namorado aos pais.

Querendo saber de quem se tratava, Adelar mostrou um sorriso amarelo e Lair, após ouvir os nomes pela segunda vez, correu ao banheiro.

Por meses seguidos os pais de Adelair moveram mundos e fundos para abortar esse namoro. Inclusive com a promessa de presenteá-la, ao completar 18 anos, com um carro de alto valor. Tudo para evitar futuros constrangimentos familiares que o passado deixou e que os filhos não tinham conhecimento. E conseguiram. Também a tempo, um aborto foi providencial.

As gêmeas univitelinas Clarice e Clarete eram tão idênticas ao ponto dos pais confundi-las. Clarete foi a primeira a ter um pretendente, porém não do seu agrado. Sábado, sabendo que o mesmo viria ‘visitá-la’, inventou um desculpa para se ausentar e incumbiu a irmã de a substituir tipo “me quebre esse galho” - “dê uma enrolada”. A substituição ocorreu em mais duas ou três oportunidades.

Os encontros fez o coração de Clarice bater mais forte e com o consentimento da irmã, aceitou o pedido de namoro. Um dia o enganado ficou sabendo da história por um deslize da cunhada Clarete. Mesmo sob juras do mais puro amor em três anos de casados, Clarice não conseguiu evitar a separação.

As irmãs nunca mais se falaram.

Histórias de amor com final feliz ficam por conta de Hollywood.