Amar é para os fortes.
Todo o amor envolve entrega, troca e deveria também incluir o crescimento dos envolvidos como seres humanos.
Estou falando do amor real, o doar-se sem esperar nada em troca, além da reciprocidade que não deve ser medida, o amor não se mede.
Quando envolve relacionamento entre um homem e uma mulher a situação é mais delicada.
Quando ambos estão mais maduros, pior ainda, carregam pesos e sombras de antigos amores, alguns bem sucedidos, outros não, mas é a vida, e assim a gente cresce.
O amor não admite outra coisa que não seja a entrega de si e a vontade de fazer dar certo.
Para fazer dar certo, você abre mão de algumas coisas, faz concessões que não agridam seu amor próprio, e isso é normal.
Ai o amor se desenvolve, nem sempre no mesmo ritmo dos envolvidos, sempre um vai amar mais, mas de novo, não importa, amar faz a pessoa crescer e evoluir.
Contudo, na vida tudo tem um preço, o tempo. A dinâmica da vida faz com que os nossos amores tenham um tempo de duração, ou mais ou menos, aí nem vou entrar nas possibilidades porque só sei amar mesmo.
Quando o amor acaba, dói.
Dói perder a troca, o carinho, as descobertas um do outro.
Dói perder as interações bem sucedidas, outras nem tanto, mas de novo, é da vida, o amor é dinâmico.
Mas talvez o que mais doa seja o tanto que você investiu na relação, o tanto que você se doou, o tanto que você amou por amar, sem pensar no futuro nem em ganhos ou perdas, você estava muito ocupada em amar.
Dói perder a parte de ti que foi entregue ao outro sem ser solicitada durante a relação e ora vaga sozinha em noites de solidão.
Quanto mais você se doou mais lenta será a recuperação, mas você vai se recuperar porque a vida assim o exige, você tem a você para cuidar e no momento da tua última partida, você irá só na viagem final.
Os amores ficarão, provas vivas de que tua vida valeu a pena.