ELA ERA UM ANJO!

Eu abri a janela do meu quarto, a chuva que já caia fina, transformara-se numa breve e serena garoa, teimava em molhar dentro da casa, quando num impulso de fechá-la, vi algo que quase parou meu coração. Uma mulher tão linda que chegava a causar inveja às estrelas e à lua. As flores encharcadas no meu jardim florido, curvavam-separa reverenciá-la. Tinha ali uma Rainha. a Rainha das flores.

A chuva escorria por teus cabelos longos e sorviam a doçura de teus lábios entreabertos. Ela era morena. A mulher mais linda que meus olhos já tinham visto. Neste caso, contemplado. Eu podia ouvir tua respiração arfante dali. Podia sentir teu hálito quente e sensual. Podia queimar-me com a chama flamejante que saltava de teus olhos e atingiu-me por inteiro.

Ela não caminhava apenas, ela levitava. Teu vestido branco e longo quase não tocava a água que escorria pelo chão. A água o deixava meio que transparente e as curvas de teu corpo eram mais sinuosos que as curvas da estrada São Paulo-Santos, diante à serra. Mas ei que... Meu Deus! Ela vem para cá! Meu coração que estava quase parado, deu um sobressalto. Minha face ruborizada era o reflexo do tamborilhar de meu coração. Ela chegou de frente a minha janela. Pensei em convidá-la a entrar, mas foi ela quem falou primeiro. Embora tenha dito em silêncio. Apenas com os olhos: "Vem!"

Estendendo-me a mão tão linda e aveludada que pensei que fosse feita das pétalas das rosas. Em uma fração de segundo estava eu todo encharcado, molhado até os ossos, correndo ao teu lado pelo jardim, brincando com a chuva. Então ela... Céus! Então ela beijou-me! E o doce que sorvi de teus lábios era mais doce que o mais doce do mel. Tinha um sabor tão exótico que era impossível explicá-lo. estava eu diante o maior de todos os enigmas, pois não havia como saber que sabor bom era aquele. Uma mistura de mágica com doçura. Eu de olhos fechados, saboreava aquele maravilhoso gosto e sorvia a sensação de prazer e amor quando, entretanto, ela afastou-se.

Mas então percebi o porque de seu gracioso levitar: Ela não estava andando. Pois batia em tuas costas um belo e alvo par de asas! Deus! De fato ela não caminhava. Não, ela não estava andando! Pois ela... Ela... Oh céus, ela era um anjo!

Poeta imaginário
Enviado por Poeta imaginário em 02/03/2021
Código do texto: T7196859
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