A Espera de Saiô BVIW
A Espera de Saiô
Segundo tema do ano: Era uma vez e acabou
Saiô mora numa aldeia de pescador. A praia é linda, salpicada de coqueiros, exibindo seus cabelos verdes e colar de pérolas de cocos. O mar é azul turquesa, sem ondas grandes e ameaçadoras. O mar, no cais, é volumoso e escuro, com seu eterno cheiro de peixe e óleo.
Saiô é filha da aldeia, morena, de altura mediana, cabelos longos, lisos e pretos. Tem um corpo escultural, olhos castanhos e boca bem feita, mostrando uma fileira de dentes brancos, contrastando com a pele bronzeada. Todo o conjunto lhe faz bela e atrativa.Traja vestidinho na altura de meia coxa, estampado de margaridas.
Lá está ela, na beira do cais, com as mãos na cintura. O tempo abriu, depois de alguns dias de chuva e vento. Às vezes põe a mão fazendo sombra pra enxergar lá na frente, onde o mar cochicha com o céu. Espera ver, ao longe, seu amor voltar do mar. Há dias ele partiu com seu barco para a pesca da sardinha. É final do mês de junho e faz uma temperatura amena. As chuvas visitam a costa baiana nessa época do ano. E nada do barco voltar...
Saiô tem saudades de Agostim, como é chamado. Seu corpo pede os temperos do corpo dele. Preparou arroz com açafrão, maxixi com carne seca e pescadinha frita para o jantar. Comprou duas cervejas na venda do "Seu" Bocão. A noite promete boa comida, amor cheio de saudades e sono embalado pelo marulhar do mar.
Mas, o mar trouxe à praia um pedaço do barco de Agostim. Os moleques da aldeia nadaram e trouxeram para a areia a péssima notícia. Correram ao porto, chamando o nome de Saiô, pregada na beira do cais. Essa, quando soube do que o mar vomitou, deitou os olhos na imensidão, como se ele fosse o caixão do seu amor. A dor lhe sacudia o peito e ela gritava: "era uma vez meu Agostim pescador... pesca, Agostim, a minha dor! Tudo se acabou!..."
A Espera de Saiô
Segundo tema do ano: Era uma vez e acabou
Saiô mora numa aldeia de pescador. A praia é linda, salpicada de coqueiros, exibindo seus cabelos verdes e colar de pérolas de cocos. O mar é azul turquesa, sem ondas grandes e ameaçadoras. O mar, no cais, é volumoso e escuro, com seu eterno cheiro de peixe e óleo.
Saiô é filha da aldeia, morena, de altura mediana, cabelos longos, lisos e pretos. Tem um corpo escultural, olhos castanhos e boca bem feita, mostrando uma fileira de dentes brancos, contrastando com a pele bronzeada. Todo o conjunto lhe faz bela e atrativa.Traja vestidinho na altura de meia coxa, estampado de margaridas.
Lá está ela, na beira do cais, com as mãos na cintura. O tempo abriu, depois de alguns dias de chuva e vento. Às vezes põe a mão fazendo sombra pra enxergar lá na frente, onde o mar cochicha com o céu. Espera ver, ao longe, seu amor voltar do mar. Há dias ele partiu com seu barco para a pesca da sardinha. É final do mês de junho e faz uma temperatura amena. As chuvas visitam a costa baiana nessa época do ano. E nada do barco voltar...
Saiô tem saudades de Agostim, como é chamado. Seu corpo pede os temperos do corpo dele. Preparou arroz com açafrão, maxixi com carne seca e pescadinha frita para o jantar. Comprou duas cervejas na venda do "Seu" Bocão. A noite promete boa comida, amor cheio de saudades e sono embalado pelo marulhar do mar.
Mas, o mar trouxe à praia um pedaço do barco de Agostim. Os moleques da aldeia nadaram e trouxeram para a areia a péssima notícia. Correram ao porto, chamando o nome de Saiô, pregada na beira do cais. Essa, quando soube do que o mar vomitou, deitou os olhos na imensidão, como se ele fosse o caixão do seu amor. A dor lhe sacudia o peito e ela gritava: "era uma vez meu Agostim pescador... pesca, Agostim, a minha dor! Tudo se acabou!..."