Além da Pele I
A pele de tão macia, parecia um leve tecido de seda importado. Mas que pele que me deixa estonteante, o mulher de longínqua beleza e de uma fineza
rara de olhos negros e lábios carnudos, definidos e ligeiramente atraentes e chamativos.
Dona de um conhecimento demasiado culta, era uma mulher viajada
falava três línguas diferentes. Era uma brasileira cheia de charme de sorriso
sincero e meigo, ela olhava sempre nos olhos ao conversar com alguém...
principalmente comigo, em muitas vezes ela não precisava falar uma só palavra,
pois o seu olhar já me dava a resposta que meu coração precisava. Talvez ela fosse a única que me compreendesse... e a única que me seduzisse apenas com um olhar, com um sorriso e me “desarmava” com um toque, um pequeno toque de carinho... Quando os seus pequenos dedos
acariciava a minha face, desenhava todo o tracejado do meu rosto. Até que me despertava com um toque que jamais sentir igual... Sim, era o toque dos seus
lábios sobre os meus.
Eu há conhecei em uma palestra de um renomado professor francês e por coincidência ou destino descobrir que ambos éramos brasileiros. Descobrir isso não, porque seu francês era ruim, ao contrário era excelente, mais em meio à multidão acabei esbarrando nela sem querer e a mesma desferiu um xingamento em português que para sua surpresa... Eu então respondi:
_Me desculpe foi sem querer madame.
Com os olhos arregalados e desconsertada a sua face revelava tamanha
vergonha... E sem saber o que dizer, ela enfim respondeu com outra pergunta:
___Você é brasileiro?
E eu respondi sim, e ambos rimos juntos.
Eu me desculpei mais uma vez e apresentei-me a ela:
___Me chamo Dylan Bessa, muito prazer! E ela estendeu-me lentamente
a mão com um sorriso encantador e disse:
___Eu que peço desculpas pela minha grosseria, me chamo Diana Prado.