A felicidade que ficou
Quando ela se lembra do falecido esposo, declara que no seu pensamento ficaram gravadas as indeléveis lembranças de alegria, felicidade e dos sonhos construídos juntos, sempre envolvendo os filhos.
Ela não se queixa de uma viuvez precoce, prefere lembrar que viveu 11 anos ao lado do esposo, unidos por um amor sublime, desfrutando de uma “pura e santa lua de mel”, conforme declarava ele a sua amada.
Essas felizes lembranças trazem alegria ao seu coração.
E um dia, passado mais de 40 anos do falecimento do esposo, após uma viagem a cidade de Lustosa-Bahia (local onde ele está sepultado) ela resolve escrever um breve relato sobre essa viagem. E na sua narrativa, datada de 09/03/2012 ela deixa registrada a seguinte declaração para seu amado esposo: “suas lembranças só trazem alegria. Djalma, você foi embora, porém a sua felicidade ficou”.
Essa história fez-me lembrar de uma estrofe da música: Um amor puro - de Djavan.
“Um amor puro
Não sabe a força que tem
Meu amor, eu juro
Ser teu e de mais ninguém”.
Ela viveu uma breve, porém linda história de amor. Foi amada intensamente, por essa razão ela prosseguiu sua caminhada guardando consigo a felicidade que ficou.
Salvador, 06 de setembro de 2020.