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Ao chegar em governador Valadares, Wellington alugou um carro, simples, todavia resistente o suficiente para levá-lo até onde ele precisava ir.

Quando ele chegou à cidade de Sobralia, já passava das quinze horas. Deu uma volta pelas ruas, em um breve reconhecimento, por fim estacionou em frente uma pitoresca pensão de dois andares. Alugou um quarto por duas noites. De pois de ter levado sua pequena mala para o quarto, ele desceu para andar um pouco, a pé para sentir melhor o clima da cidade. Na recepção, lhe informaram que o jantar seria servido até as 20h.
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Depois de andar despretensiosamente, pelo centro da cidade, Welington, verifico em seu celular as últimas coordenadas em que fora encontrado o sinal do celular de Claudio, mas ele não seguir a pista naquele momento, iria fazê-lo sobre a sombra da noite. O que ele precisava naquele momento era se sentar a uma mesa de uma boa padaria ou lanchonete, e tomar algo bem gelado, pois a temperatura, parecia estar acima do 38º.

Ele adentrou a uma padaria, provavelmente a única da cidade. Sentou-se a uma mesa a um canta, de onde pudesse observar a rua e quem entrassem ao local. Pediu um guaraná e um salgado, o que lhe foi servido prontamente.

Enquanto tomava o guaraná geladíssimo e degustava o salgado, que uma bela balzaquiana lhe servira, ele observou uma linda moça adentra ao estabelecimento e ir para a fila do pão.

A fila andava lentamente, pois naquele horário, só havia um atendente ao balcão. O cheiro do pão Frances, das broas de milho, do pão tatu e dos pães de queijo se misturavam ao ar do ambiente, fazendo com que os clientes ficassem mais ansiosos que chegassem logo a sua vez.
 
Enquanto esperava, a moça olhava para tudo a sua volta. Pelo seu comportamento e vestimenta, Wellington julgou que ela era moradora nova na cidade, o que fazia com que tudo fosse novidade para ela.
 
 Ela usava uma mini saia cor de rosa, e um top, deixando a mostra sua barriga esbelta. Seus seios fartos, parecia quererem saltar para fora, por estarem sendo comprimidos pelo top.
 
O sol se dissipava por detrás da montanha, seus raios dourados banhavam os morros e circundavam a cidadela. Nas ruas, dezenas de pessoas passavam vindo e vindo. Muitas voltando de suas plantações, nas cercanias da cidade. Outras, estavam chegando dos sítios e fazendas da redondeza, trazendo produtos para serem vendidos no comercio.
 
- Boa tarde minha linda flor! Quantos Paes? – perguntou o jovem atendente.
 
Flávia, este era o nome da bela jovem.
 
Ela ouviu alguém dizer alguma coisa, mas não deu atenção, pois, estava de olha fixo nos raios de sol sobre os morros.
 
- Bom dia moça! – repetiu o atendente – quantos pães você vai querer?
 
- Perdão! – disse ela, voltando o olhar para o atendente – vou querer oito pães.
 
O rapaz a olhou bem na face, esboçando um sorriso amistoso, como se esperasse que ela dissesse algo mais.
 
- Brancos ou morenos?
 
- Brancos – respondeu Flavia.
 
- Você é nova na cidade? – perguntou o rapaz, enquanto colocava os pães sobre à folha de papel pardo.
 
- Sim! Chegamos de mudança ontem no fim da tarde.
 
- Logo percebi, eu conheço quase todos os moradores dessa cidade, mas você, foi a primeira vez que tive o prazer de ver sua beleza por aqui.
 
Flavia ficou com a face rosada, pois fora surpreendida por tal galanteio. Da cidade de onde ela veio os garotos a importunava com bravatas, tais como: “e ia, gata! E ai, gostosa!” Mas, nenhum a chamou de linda ou flor. Ela achou meio pueril o galanteio do rapaz, mas gostou.
 
- Aqui estão princesa, oito pães fresquinhos da padaria do Senhor Messias, para agradar a freguesia.
 
Diante dessa nova bravata, Flavia não pode se conter e sorriu.
 
- Consegui! – exclamou o atendente.
 
- Conseguiu o que?
 
- Ver o seu sorriso.
 
Flavia o olhou com desdém e foi para o caixa.
 
Welington, também estava impressionado com a beleza da moça. Precisava fazer algo urgente, para se aproximar dela. Virou o resto do guaraná que restava no copo goela abaixo e foi para a fila do caixa. Como alguém desatento, ele esbarrou em Flavia, fazendo o pacote de pães cair ao chão. Ele se apresou em pegar o embrulho, ao mesmo tempo que Flavia, na ação, a cabeça de ambos se choca e o pacote de se abre, fazendo com que os pães caem ao chão.  
 
- Me perdoei, moça! Você se machucou? - disse segurando a pelo braço. – Mil perdoes, e não a vi.
 
- Seu desastrado! - gritou Flavia – e agora, veja o que você fez, derrubou todos os meus pões!
 
- Me perdões! Pode pegar outros que eu pago.
 
Quando Welington levou a mão ao bolso do blazer para pegar a carteira, Flavia viu as correias do coldre, algo que ela conhecia muito bem. Quando Wellington abriu a carteira para tirar o dinheiro dos pães, ela pousou suas mãos sobre as dele e disse.
 
- Pode deixar eu tenho dinheiro o suficiente para outros pães.
 
 - De forma alguma, eu faço questão de pagar, a culpa foi minha.
 
- Está bem, ao invés de pagar pelos pões, você me paga um sorvete lá na praça, e fica tudo certo.
 
Por essa, Welington não esperava.
 
- Está bem...quando?
 
- Pode ser agora.
 
- Ela pegou o novo embrulho com os pães, pagou e saiu acompanhada por Wellington.
 
Continua...
Felipe Felix
Enviado por Felipe Felix em 01/09/2020
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