Café com Arte

Café com arte

Félix Hilton

Em uma cidade do interior de São Paulo o homem mais apaixonado e rico também observa sua amada a nadar na piscina de águas quentes de sua mansão, deleita-se em seus contornos, os lindos cabelos dourados, belíssimas pernas e seios impressionantes.

Amadeo sai do transe em que se encontra, quando lhe é anunciada a chegada de Rui, ele pede licença à esposa e se encaminha para a sala da biblioteca.

Rui:

Boa tarde meu grande amigo.

- estou ansioso por saber o que quer de meu talento.

Amadeo: Sei que a minha fama de amar demais minha esposa lhe é conhecida, teria como desenhá-la olhando-a por apenas uns segundos?

Rui: Meu talento lhe é conhecido também, mas eu teria que encontrar uma mulher com as mesmas características de sua esposa.

Amadeo: Assim eu aceitaria, pago o que for preciso.

Combinado, amanhã às 15 horas retorno, para que ela possa se preparar.

Rui é encaminhado até a porta de saída.

No dia seguinte volta à mansão, Amadeo apresenta o móvel e as peças que usaria com a modelo e Rui a orienta como fazer:

Retiraria toda a roupa e daria uma volta diante dele, em seguida deitaria no móvel na posição escolhida pelo casal. Bastava, seriam alguns poucos segundos.

No dia seguinte resolveu ir a uma cidade do interior, escolheu Águas de Lindóia, famosa pela beleza feminina.

Andou pela cidade sem nada de efetivo, almoçou e já estava desanimando quando passou por ele uma linda jovem, estonteante quanto Aline. Seguiu-a com os olhos.

Entrou em uma cafeteria e sentou, estava sozinha.

Rui entrou em seguida e aspirando o cheiro do café elogia a cafeteria pela qualidade dos grãos.

Pediu para servi-lo e sentou-se próximo à moça, comentou que estava à procura de uma pessoa para trabalhar em seu ateliê e perguntou à caixa se sabia de alguém.

Após o café sai e senta-se no banco da praça em frente à cafeteria.

Quando a moça saiu percebeu que estava querendo perguntar algo para ele, aproveitou-se da situação e foi ao seu encontro.

Rui: Vejo que você quer perguntar sobre o trabalho que falei com a caixa da cafeteria.

Sim, respondeu a doce senhorita.

Pois saiba que eu quis aguçar a sua curiosidade porque você seria perfeita para função.

Como assim perguntou?

Sentaram-se na praça e ele expôs o trabalho, mostrou-lhe algumas fotos de obras suas e falou sobre o ótimo cachê.

No dia seguinte ela vai ao ateliê para conhecer o ambiente, explicou-lhe a posição, e como usaria o biombo para que ela se despisse.

As peças da roupa que vestia eram jogadas sobre as divisórias e, as que vestiriam sumiam uma a uma, sabia então que ela estava pronta, disfarçava falando com ela sobre as cores e a dificuldade do tom de pele enquanto ela se posicionava do jeito que a tinha orientado, cheguei próximo a ela, adrenalina começa a ser jogada em minha circulação, mas tinha que ser profissional, estava fascinado pelo seu belíssimo corpo, depois de vinte e um dia de trabalhos ele a deixou descansando por oito intermináveis dias enquanto não chegava o resto do material, pagou-lhe a parte combinada.

Após os dias de descanso, ansioso aguardava pela Aline que já fazia parte de seu coração, transformara-o em um jardim.

Rui só a olhava, já a via desnuda mesmo sem fazê-lo, sonhara oito dias com a repetição da mais fascinante visão, tão delicada como o aroma do café que tinha unido seus caminhos.

Atrás do biombo, longe de seu olhar apaixonado, a via retirar da parte superior do biombo peça por peça da roupa que usaria, mas naquele dia, era diferente, apesar da provável nudez as peças permaneciam ali, olhava para a cortina e devagar surgiam delicados pés, em seguida, mas lentamente o joelho, a coxa, o bico dos seios, sabia que estava sendo seduzido, sorrindo apresentou-se por inteira, e jogou-se nos braços do jovem pintor, que louco de amor, paixão e desejos entregou-se aos braços da flor que desabrochara regada pela saudades certamente.

Sérgio Ricardo de Carvalho
Enviado por Sérgio Ricardo de Carvalho em 18/07/2020
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